Pertenceu à Associação de Estudantes da Nova SBE (AE) no período em que o novo Campus de Carcavelos começou a ser sonhado, e não consegue deixar de sorrir ao recordar como tudo lhe parecia tão longínquo. “Lembro-me de quando se começou a falar no novo Campus, das maquetes postas à votação. E, agora, é muito entusiasmante ver isto concluído”, diz Mariana Coelho. Aluna da licenciatura 2010-2013, do mestrado em 2013-2015 e, hoje, assistente de algumas cadeiras de mestrado, Mariana sentiu logo o apelo para contribuir. “Como estava na AE, acompanhei esta história desde o papel, fui percebendo o projeto e a ideia final, e, quando soube que a sociedade civil era chamada a participar, fiz um donativo individual, que me pareceu ter todo o sentido, dada a importância que a faculdade teve na minha vida em todos os aspetos”.
Mas não foi apenas por querer retribuir o bem que a escola lhe fez — pessoal e profissionalmente — que Mariana quis contribuir. “O projeto educativo da Nova SBE tem muito valor e sempre achei positivo que fosse multiplicado em mais alunos”, explica.
Multiplicar o donativo
Mariana não se limitou a doar individualmente. Na altura, a escola incentivou-a a procurar outras formas de propagar a mensagem e motivar outros antigos alunos. E juntamente com vários colegas de curso, como o Diogo Mendes e a Diana Basílio, pôs-se a hipótese de fazerem um donativo em conjunto. “Em pouco tempo juntaram-se mais 20 colegas, incluindo o Miguel Vale e a Cláudia Oliveira, que foram essenciais para contactar e agregar muitos antigos alunos” conta Mariana. A memória que os unia era não só a dos bons tempos passados na Nova SBE, mas, sobretudo, o trabalho que desenvolveram na Associação de Estudantes.“Gerir a associação foi muito desafiante para nós. E trouxe muita riqueza à nossa experiência na escola. Por isso, acabámos por falar com outros colegas que estavam connosco na AE durante esse período e muitos gostaram da ideia, porque, no fundo, fez-nos voltar ao tempo em que éramos alunos e a muitas das emoções que sentíamos, tanto nas adversidades, como nos momentos melhores da associação. Ficámos outra vez mais unidos”, diz Mariana.
Como contribuir
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A Nova SBE já angariou 41 milhões de euros. A campanha de fundraising continua aberta a toda a sociedade civil até que se chegue ao objetivo de 50 milhões de euros. E continuará depois, para novas demandas. Além de empresas nacionais e internacionais, já se juntaram mais de 1000 pessoas individuais. Veja como participar:
● Podem fazer-se donativos a partir de 50 €. Os donativos a partir de 1.000,00 € podem ser pagos em cinco anos.
● Para dar apenas um exemplo, 1.000,00 € são reconhecidos numa das pedras do Walk of Founders, e 2.500,00 € colocam o seu nome — ou da sua família, turma, ou grupo de amigos – num dos bancos no jardim.
● A escola quer, acima de tudo, ser aberta a todos e que todos possam participar, conhecer e envolver-se.
● Para decidir melhor, marque uma visita ou comece por aceder a Nova Campaign para saber toda a informação, incluindo os contactos do Alumni Relations que certamente estarão prontos para o receber.
O grupo avançou com um donativo em nome da Associação de Estudantes que é reconhecido numa pedra do Walk of Founders. A ideia foi marcar “um tempo muito positivo” que os fez a todos crescer muito, conta-nos a antiga aluna e antiga vice presidente da Associação de Estudantes.
Durante esse tempo muito positivo, Mariana e os seus colegas, hoje amigos, cresceram em idade e em competências, souberam gerir uma associação cuja função era defender os interesses dos alunos e servi-los com, entre outras valências, alguns momentos de lazer, como as festas, os churrascos, as atividades que promoviam o convívio e o desenvolvimento de personalidades. “O objetivo de uma AE é servir os interesses dos alunos e dar-lhes também momentos de lazer. Nós tínhamos que equilibrar o rigor financeiro com o ‘tentar fazer’.Uma das memórias coletivas mais marcantes dos nossos dois anos de associativismo foi a compra a prestações de uma nova fechadura para a porta da Associação. Tínhamos uma grande preocupação com a sustentabilidade, porque a AE é um organismo vivo que fica para as gerações seguintes”, recorda Mariana. E lembra-se que passava muito tempo na escola, porque além das aulas, do estudo, dos exames, tinha quase sempre projetos para preparar e conduzir na Associação.
Destaque para as soft skills
Em termos daquilo que a Nova SBE lhe proporcionou, Mariana revela que “hoje em dia, a mudança é tão rápida” que destaca as soft skills que a escola a “obrigou a desenvolver: o trabalho em equipa, a cooperação, a perseverança…”. “Acho que a grande riqueza da Nova SBE é o equilíbrio entre os conteúdos académicos e aquilo que não é académico, mas que tem importância fundamental para o futuro profissional e pessoal”, conta a aluna que se empenhou em contribuir para que esta experiência possa chegar a mais pessoas, agora no novo Campus. “A bagagem que eu levei daqui é o que, para mim, vale a pena multiplicar e propagar por mais pessoas”, insiste.
Uma referência internacional
Mariana Coelho atribui uma grande importância ao novo Campus: “Todos nós sentíamos que a limitação do espaço em Campolide tirava potencial à nossa experiência como alunos. E ter a mesma experiência de ensino num Campus com condições muito melhores vai potenciar imensamente essa mesma experiência”.
Para Mariana, “a Nova SBE sempre esteve à frente em termos de ensino e sempre procurou ser uma referência internacional. Este Campus vai não só melhorar a experiência de ensino, como aumentar a visibilidade da escola, principalmente no estrangeiro. Por isso, também vai dar uma imagem melhor de Portugal. É bom vermos este projeto educativo ter continuidade com condições muito melhores em termos físicos”. As colegas Mariana Eusébio e Ana Luna Pais juntaram-se à Mariana na visita ao novo campus e também não esconderam o entusiasmo pelo seu potencial.
A AE do futuro
As boas memórias ficam marcadas e a semente da Associação de Estudantes do futuro é lançada em boa terra. Com base na sua experiência, alerta os futuros responsáveis para a importância de estarem perto dos alunos: “Acho que, com a comunidade de alunos a aumentar, a nova associação tem de ter bastante atenção e dedicar bastante tempo a ouvi-los, porque quanto maior é a comunidade que se serve, mais desafiante será a tarefa. Não se consegue agradar a toda a gente, isso é completamente impossível, mas o meu conselho é que estejam abertos e tentem incluir todos. É importante que os alunos se sintam envolvidos e incluídos”. E deixa o conselho com votos de que o tempo que ali passarem seja pelo menos tão bom como o que ela própria passou na AE da Nova SBE.