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O que os universitários procuram? Cursos de Engenharia, Lisboa e Porto

Este artigo tem mais de 5 anos

Medicina já não é o que era. Cursos de Engenharia são os mais procurados, com perto de 7.500 alunos a escolher esta área de estudo, quase o mesmo número de entradas que na Universidade de Lisboa.

O curso que mais alunos conseguiu colocar foi o de Direito da Universidade de Lisboa
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O curso que mais alunos conseguiu colocar foi o de Direito da Universidade de Lisboa

Jose Sena Goulao/LUSA

O curso que mais alunos conseguiu colocar foi o de Direito da Universidade de Lisboa

Jose Sena Goulao/LUSA

Os bons alunos vão para Medicina. Vão? Se esta ideia foi verdadeira durante muitos e longos anos, nos últimos três concursos de colocação de alunos no Ensino Superior, uma nova tendência está a desenhar-se. Os cursos de Engenharia e Técnicas Afins são os que têm mais procura e são também os que têm notas de entrada mais altas. Em 2018, o certo será dizer-se que os bons alunos vão para Engenharia. E foram: 7.461.

Os cursos de Medicina não são sequer os segundos classificados do pódio. Este ano, são as Ciências Empresariais a ficar com a medalha de prata, depois de terem sido colocados 6.914 alunos nesta área de estudo. A distância para a medalha de bronze não é muito grande. Aliás, o segundo e o terceiro classificados — no ranking de áreas de estudo com mais alunos colocados — estão taco a taco, havendo uma diferença muito maior entre o primeiro e o segundo lugar.

Se olhássemos para a primeira opção dos candidatos, ainda que não tenham sido admitidos nesse curso, havia uma inversão do primeiro e segundo lugar, e Ciências Empresariais passaria à frente das Engenharias com uma diferença de cerca de 250 alunos (8.260 versus 8.005).

Ressalva para o facto de ser a área de estudo Saúde, e não Medicina, a encontrar-se em terceiro lugar — quer no número de alunos colocados, quer como primeira opção de curso — tendo colocado, este ano, um total de 6.217 alunos. O que isto quer dizer é que cursos como os de Enfermagem ou de Medicina Veterinária também entram nestas contas.

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Sobre os cursos de Medicina propriamente ditos — existem sete no país — há um dado importante: em nenhum deles sobraram vagas para a 2.ª fase de colocações e todos os cursos estão lotados. No total, entraram 1.441 alunos em cursos que se distribuem por seis universidades diferentes (a do Porto é a única a oferecer dois cursos distintos, um na Faculdade de Medicina e outro no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar).

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O que é que a Engenharia tem?

Para começar, em relação a Medicina, a área de estudo das Engenharias tem um número drasticamente maior de cursos disponíveis. Este ano, eram mais de 200 espalhados por instituições de todo o país, o que explica que consiga absorver um número muito superior de estudantes.

São também cursos com elevada taxa de empregabilidade, havendo quatro que tem registados zero desempregados no Instituto de Emprego e Formação Profissional, passado um ano do final do curso. São eles: os de Engenharia de Materiais e o de Micro e Nanotecnologias (ambos na Universidade Nova de Lisboa); o de Engenharia Física na Universidade do Porto; e o de Engenharia Informática na Universidade de Aveiro.

Médias. Engenharia soma e segue, Medicina cai no ranking e há 33 cursos onde se entra com menos de 10 valores

Não são, no entanto, nenhum destes cursos de Engenharia aqueles que, dentro desta área de estudo, mais alunos colocaram. Esses foram dois cursos de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores, o primeiro no Instituto Superior Técnico e o segundo na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (220 e 200 colocados, respetivamente).

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Direito, em Lisboa, é o curso com mais alunos

Os cursos de Direito também merecem um lugar de destaque. Se olharmos de forma individual para todos os cursos que são ministrados em Portugal, aquele que mais alunos conseguiu colocar foi o de Direito da Universidade de Lisboa (446). O segundo lugar nesta 1.ª fase das colocações é quase uma repetição: curso de Direito, mas desta feita na Universidade de Coimbra (338).

Com mais de 300 alunos, só há, a nível nacional, mais um curso: o de Enfermagem, lecionado em Coimbra, na Escola Superior de Enfermagem (324).

Veja aqui se entrou na universidade. 43.992 estudantes conseguiram lugar no Ensino Superior

E do que fogem os alunos? Em termos de áreas de estudo, os Serviços de Segurança e os de Transporte são os que menor número de estudantes conseguiram colocar. No entanto, se do primeiro sobram 20 vagas para a 2.ª fase do concurso, na área de Serviços de Transporte todos os lugares foram ocupados.

Em termos de cursos, quase três dezenas (28) não conseguiram colocar mais do que um aluno. Entre eles, encontram-se percursos académicos tão distintos como os de quem segue Ciências Agrárias, Ciências do Mar, Engenharia Civil ou Gestão.

E há ainda os cursos que ninguém quer. No concurso nacional de 2018 para o Ensino Superior, somam-se 33 cursos que não conseguiram obter uma única colocação e que se encontram, portanto, sem alunos. Apenas dois são ministrados em universidades, os restantes são em politécnicos.

A situação não é inédita, repete-se todos os anos e estas vagas passam diretamente para a 2.ª fase do concurso que arranca já a 10 de setembro, segunda-feira. Caso continuem por ser preenchidas, ainda serão disponibilizadas a quem concorra à 3.ª fase de acesso ao Ensino Superior, que decorre nos primeiros dias de outubro.

No total, os cursos que ficaram sem alunos vão contribuir com 879 vagas para a próxima fase de acesso e os que colocaram até 10 alunos com 3724. Juntos perfazem mais de metade do número final (7.290) de vagas sobrantes. Caso não sejam preenchidos os lugares dos cursos sem alunos na 2.ª fase, ainda poderão ser constituídas turmas se surgirem alunos da 3.ª fase, estudantes que preenchem as vagas para maiores de 23 anos, que mudam de curso, ou que já têm outra licenciatura.

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Lisboa e Porto são as universidades mais procuradas

Por último, a preferência dos alunos vai para a Universidade de Lisboa, a do Porto e a de Coimbra, com a instituição da capital a ter um número muito superior a qualquer outra. Distribuídos por vários cursos e faculdades, a Universidade de Lisboa cativou 7.214 alunos, número que compara com 3.970 no Porto e 3.184 em Coimbra.

Em contraste, a instituição de Ensino Superior que colocou menos alunos foi a Escola Superior Naútica Infante D. Henrique, que fica com 71 vagas disponíveis para a próxima fase do concurso nacional.

Apenas quatro estabelecimentos de ensino conseguiram completar todas as suas vagas: o ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa e as três escolas superiores de Enfermagem de Lisboa, Porto e Coimbra.

Concluída a 1.ª fase do concurso nacional de acesso ao Ensino Superior, ficaram colocados 43.992 alunos, o que corresponde a uma taxa de sucesso na colocação de 89,1%. Entre os alunos que conseguiram lugar nos estabelecimentos do Ensino Superior, mais de metade (54,7%) foram admitidos na sua primeira opção. Este ano, sobraram 7.290 vagas para a 2.ª fase do concurso de acesso ao Ensino Superior.

Os resultados estão disponíveis no site da Direção Geral do Ensino Superior, podendo também ser consultados através da aplicação ES Acesso.

Não entrou, não desespere. Ainda há 7.290 vagas para a 2.ª fase de acesso ao Ensino Superior

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