Entrou ou não entrou? Já pode parar de fazer refresh na página da Direção Geral do Ensino Superior. Os resultados são públicos e 43.992 estudantes conseguiram garantir um lugar nas universidades e politécnicos do país. Estes números da 1.ª fase do concurso nacional de acesso ao Ensino Superior representam uma taxa de sucesso de 89,1% — a mais alta desde 2014 — e, de fora, ficaram 5.370 estudantes que não conseguiram lugar em nenhuma das suas seis opções.
Os dados individuais podem ser consultados no site da DGES, mas na tabela que o Observador disponibiliza já a seguir pode confirmar se entrou no curso escolhido, confirmando qual foi a média do último aluno a entrar.
[Veja aqui se conseguiu entrar no Ensino Superior. Pode rolar para cima e para baixo dentro do quadro ou fazer uma busca na área de “search”]
Se faz parte do grupo dos cinco mil que não entraram, isso não é motivo para desesperar. Das mais de 50 mil vagas postas a concurso, sobraram 7.290 lugares, a maioria em politécnicos, como acontece quase todos os anos. Ou seja: se o problema não forem as médias, sobraram mais duas mil vagas do que candidatos.
E onde é que estão esses lugares? Olhando para as áreas de estudo, em Engenharias e Afins sobram 1.829 vagas. Logo a seguir, aparecem as 807 vagas em Ciências Empresariais e, em terceiro lugar, com 596, Arquitetura e Construção. A fechar o top 5 está Agricultura, Silvicultura e Pescas (583) e Formação de Professores (520).
Não entrou, não desespere. Ainda há 7.290 vagas para a 2.ª fase de acesso ao Ensino Superior
Se for caso disso, pode apresentar a sua candidatura à 2.ª fase do concurso nacional a partir de segunda-feira, 10 de setembro.
Para quem já festeja ter dado o primeiro passo no seu percurso académico, há boas notícias acrescidas. A esmagadora maioria (88,2%) dos alunos conseguiu lugar numa das suas três primeiras opções, e mais de metade (54,7%) conseguiu ficar colocada na primeira opção. Em ambos os casos há um aumento em relação ao concurso do ano passado de, respetivamente, 4,8% e 5,7%.
Embora a taxa de sucesso na colocação tenha crescido, o mesmo não aconteceu nem com o número de vagas nem com o número de colocados. Os dois diminuíram.
Desde 2013 que vagas e candidatos seguiam uma curva ascendente que, com o concurso de 2018, inverte o seu sentido. Não é, no entanto, uma queda abrupta: a redução é de 2% face ao concurso de 2017.
Apesar disso, os mais de 43 mil alunos colocados fazem de 2018 o segundo ano em que mais estudantes conseguiram lugar na rede pública do Ensino Superior desde 2010, logo a seguir ao concurso do ano passado, que se mantém o recordista.
As melhores médias, os cursos e as universidades mais procuradas
Desde há três anos que Medicina vem a perder terreno para a Engenharia. Este ano, a tendência confirma-se. As quatro melhores notas de entrada são todas para cursos de Engenharia: Engenharia Civil (lecionado em inglês) na Universidade da Madeira (189,4), Engenharia Física Tecnológica (189,0) e Engenharia Aeroespacial (188,5), ambas lecionadas no Técnico, e ainda Engenharia e Gestão Industrial (186,3), da Universidade do Porto.
A seguir, uma nova entrada para este ranking: Matemática Aplicada e Computação, do Instituto Superior Técnico, com média de 183,5. Antes de Medicina — que cai de quarto para sétimo lugar — surge ainda o curso de Bioengenharia da Universidade do Porto (181,0 valores).
O primeiro curso de Medicina a surgir continua a ser o da Universidade do Porto, como nos dois concursos anteriores, com uma média de 188,2 valores.
As escolhas dos estudantes casam, embora não na perfeição, com os cursos que têm melhores notas e também melhores taxas de empregabilidade.
Os cursos de Engenharia e Técnicas Afins são os que têm mais procura e foram a escolha de 7.461 estudantes. A seguir, surgem as Ciências Empresariais (6.914 alunos), seguidas de muito perto pelos cursos de Saúde (6.217).
Quanto a estabelecimentos de ensino, os alunos continuam a preferir as universidades em prol dos politécnicos. Sem grandes surpresas, a Universidade de Lisboa, a do Porto e a de Coimbra, são as que cativam mais estudantes, com, respetivamente, 7.214 colocações, 3.970 e 3.184.
Em contraste, a instituição de Ensino Superior que colocou menos alunos foi a Escola Superior Náutica Infante D. Henrique, que fica com 71 vagas disponíveis para a próxima fase do concurso nacional.
Apenas quatro estabelecimentos de ensino conseguiram completar todas as suas vagas: o ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa e as três escolas superiores de Enfermagem de Lisboa, Porto e Coimbra.
Concluída a 1.ª fase do concurso nacional de acesso ao Ensino Superior, arranca já na segunda-feira a 2.ª fase. Depois desta, em outubro, haverá ainda a 3.ª fase, entre os dias 4 e 8. Todos os resultados estão disponíveis no site da Direção Geral do Ensino Superior, podendo também ser consultados através da aplicação ES Acesso.
O que os universitários procuram? Cursos de Engenharia, Lisboa e Porto