A típica actualização a meio do ciclo de vida dota o Kadjar de mais e melhores argumentos, sobretudo no domínio das mecânicas. Mas também há pequenas alterações na imagem do SUV francês, maioritariamente detalhes de estilo que se renovam sem grande alarde estético, ou não fosse o design a principal razão de compra deste modelo, de acordo com a própria Renault.

Por fora, o SUV compacto continua a exibir a assinatura luminosa em forma de “C”, uma das características mais distintivas da gama Renault. A diferença é que os piscas passam a estar integrados nos faróis diurnos, enquanto os de nevoeiro assumem um formato mais rectangular, para reforçar o ar mais “durão” do Kadjar, usufruindo agora da tecnologia LED Pure Vision, a qual permite um consumo da energia seis vezes inferior aos faróis de halogéneo. Ainda na frente, a grelha ganha mais expressão; por um lado, porque cresce em dimensões; por outro, porque recebe elementos cromados. Já atrás, as alterações recaem nos piscas, em LED, que assumem uma linha mais esguia. A completar a nova imagem, surgem pára-choques redesenhados e dois novos tipos de jantes, de 17 e 19 polegadas.

No interior, as principais melhorias referem-se à tecnologia e ao conforto, com o Kadjar reestilizado a receber um novo ecrã multimédia táctil de 7 polegadas e novos bancos dianteiros.

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Mas um dos maiores trunfos do SUV gaulês encontra-se sob o capot, já que a Renault decidiu adoptar uma nova gama de motores, todos eles a prometerem melhores performances, a troco de um “apetite” mais comedido.

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A gasolina reclama a maior novidade, graças à introdução do novo 1.3 TCe, bloco desenvolvido em conjunto com a Daimler e que entra ao serviço no Kadjar com duas versões – a de entrada com 140 cv, a mais potente com 160 cv, ambas associáveis a uma caixa manual de seis velocidades ou, em alternativa, a uma transmissão automática de dupla embraiagem.

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Na oferta a gasóleo, a representação fica a cargo do Blue dCi 115, o conhecido motor 1.5 que passa a debitar mais 5 cv de potência e 10 Nm de binário, ao passo que o Blue dCi 150, que recorre ao novíssimo 1.749 cc (que substitui o 1.6 dCi), beneficia de um acréscimo de potência mais significativo (20 cv). Este último é o único a poder oferecer tracção integral, surgindo sempre acoplado a uma caixa manual. Aliás, numa primeira fase esta será a única alternativa também para o Blue dCi 115, que só mais tarde vai poder receber a EDC. Para cumprir as novas normas de emissões, passam ambos a estar equipados com um sistema de redução catalítica selectiva, para reduzir os NOx, enquanto o TCe monta um filtro de partículas que se regenera, automaticamente, a intervalos regulares.