Ninguém parece capaz de parar o Liverpool de Klopp, que voltou a vencer este sábado, desta feita em Wembley, frente ao Tottenham (2-1), e somou a quinta vitória consecutiva em cinco encontros, reservando para si o primeiro lugar da tabela classificativa, com mais dois pontos do que o campeão Manchester City. E o título pode mesmo ser o grande objetivo dos reds, que colmataram lacunas no mercado de transferências, tornando ainda mais competitiva uma equipa que, na temporada passada, já tinha alcançado a final da Liga dos Campeões, onde só perdeu para o tricampeão Real Madrid.

Já o Tottenham de Pochettino começou a época a fazer história e as razões nem são as que mais agradam aos seus adeptos: pela primeira vez desde que o atual mercado de transferências existe, uma equipa da Premier League não comprou qualquer jogador. Sem reforços, os spurs mostraram-se demasiado frágeis para um Liverpool com fome de títulos e com soluções ofensivas, algo que faltou na equipa londrina.

Salah ainda não está na forma que apresentou a temporada passada, com apenas dois golos apontados em cinco partidas (Créditos: Getty Images)

Quinze pontos em cinco jornadas é o melhor registo do Liverpool desde 1990/91 e tal dado só pode trazer motivação a uma equipa que, nas próximas semanas, vai medir forças com Chelsea e Manchester City, tentando dar continuidade a um bom início de época. E, se motivos faltarem para os principais rivais ingleses temerem a concorrência dos reds, um outro é importante recordar: Mohamed Salah, nomeado para melhor jogador do mundo e principal figura do Liverpool na temporada passada, ainda não está na sua melhor forma, com apenas dois golos apontados até ao momento. Quando o egípcio regressar ao seu pique, voltará a formar com Mané e Firmino um tridente ainda mais temível.

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Wijnaldum aproveitou um erro do compatriota Vorm para, ao segundo poste, fazer o primeiro golo da partida na sequência de um canto (Créditos: Getty Images)

Em Wembley, desde cedo se percebeu quem tinha mais argumentos para vencer e, verdade seja dita, o resultado final não espelha a superioridade do conjunto de Liverpool. Apesar de uma entrada equilibrada, rapidamente foram os reds a tomarem conta da partida e, já depois de quase baterem Vorm (o holandês substituiu o habitual titular Lloris a contas com problemas judiciais) por duas vezes, chegaram mesmo à vantagem por intermédio de Wijnaldum, com o guarda-redes do Tottenham a ficar mal na fotografia ao deixar escapar por entre as mãos uma bola que acabou na cabeça do médio do Liverpool e só parou dentro da baliza.

Por mais que os spurs tentassem, era o Liverpool quem dominava as operações a meio-campo e, com as já habituais transições ofensivas rápidas comandadas pelo trio da frente, era muito o perigo que rondava a baliza de Vorm. Quanto mais o Tottenham se esticava em busca do empate, mais perigoso o Liverpool ficava e, a favor da corrente de jogo, foram mesmo os visitantes a colocarem o marcador a funcionar novamente, com Firmino a aproveitar novo erro de Vorm, que não agarrou uma bola ressaltada pelo poste, para fazer o 2-0.

Firmino fechou a contagem depois de nova má abordagem de Vorm que permitiu ao brasileiro ficar sozinho na cara do golo (Créditos: Getty Images)

Até final, o Tottenham voltou a reagir, mas o melhor que conseguiu foi reduzir a desvantagem por intermédio de Lamela, com o argentino a receber no peito e a atirar cruzado para o fundo das redes, num gesto técnico de difícil e bonita execução. O 2-1 com que a partida terminou peca por escasso tal a superioridade do Liverpool sobre um conjunto da casa, que só se pode queixar do seu ataque (ou falta dele) ao mercado para justificar as poucas soluções que vai apresentando até ao momento. Já o Liverpool, resta-lhe dar continuidade ao melhor início dos últimos 18 anos para sonhar com um título que foge desde 1989/90.