A tenista norte-americana Serena Williams diz que não devia ter sido penalizada por coaching na final do US Open uma vez que não comunicou com o seu treinador, Patrick Mouratoglou, durante o jogo contra Naomi Osaka — apesar de Mouratoglou ter já admitido que, efetivamente, deu instruções à tenista durante a partida.

Serena Williams falou este domingo pela primeira vez depois da polémica na final do US Open, há duas semanas, em que acusou o árbitro Carlos Ramos de sexismo depois de ter sido penalizada pelo juiz português por coaching e por partir a raquete em fúria, acabando por insultá-lo chamando-lhe “mentiroso” e “ladrão”.

Serena Williams partiu a raquete e chamou mentiroso a árbitro português, mas não evitou vitória inédita de Osaka no US Open

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Numa entrevista ao programa de televisão australiano The Project, que deverá ir para o ar na íntegra no próximo fim de semana, Serena Williams afirmou que nunca trocou “sinais” com o treinador. “Ele disse que fez um movimento. Não sei de que é que estava a falar. Nunca tivemos sinais”, disse a tenista.

Williams também não mostrou arrependimento das palavras que dirigiu ao árbitro Carlos Ramos e tornou a falar de sexismo no ténis. “Não entendo. Se és uma mulher, devias poder fazer até metade do que um homem pode fazer”, disse.

Releia a entrevista do Observador ao árbitro de ténis português que agora enfureceu Serena Williams

Na final do US Open, a 8 de setembro, a tenista Serena Williams foi advertida por Carlos Ramos por coaching. Em fúria, partiu a raquete e dirigiu-se ao árbitro para o insultar, chamando-lhe ladrão e alegando que apenas lhe tirou o ponto por ela ser mulher. As três advertências valeram-lhe um jogo de penalidade.

A tenista japonesa Naomi Osaka acabou por vencer a final por 2 sets a 0 (parciais de 6-2 e 6-4). No final, Serena Williams não se livrou de uma multa de 17 mil dólares (14.600 euros) por três violações do código.