Como em qualquer passadeira vermelha de uma entrega de prémios, também os Emmy Awards tiveram os seus momentos de contestação. A começar por Jenifer Lewis, do elenco da série Black-ish. Assim que chegou à entrada do Microsof Theatre, em Los Angeles, a atriz fez-se notar pela flagrante subversão do dress code. Lewis, de 61 anos, apresentou-se de ténis, leggings pretas e com uma camisola da Nike. O gesto foi uma demonstração de solidariedade para com Colin Kaepernick, atualmente rosto de uma campanha da marca de vestuário desportivo. O antigo jogador da NFL (National Football League) iniciou um movimento de protesto contra a violência policial sobre cidadãos afro-americanos, ajoelhando-se durante o hino nacional que antecede os jogos da Liga.

“Estou a vestir Nike para aplaudir todos os que apoiam Colin Kaepernick e o seu protesto contra a injustiça racial e contra a violência policial. Vou usar Nike para dizer obrigado. Obrigado por liderares a resistência! Precisamos que uma América mais unida se levante”, afirmou a atriz à Variety, na noite da entrega de prémios.

Jenifer Lewis vestiu Nike na passadeira vermelha dos Emmy Awards, esta segunda-feira, em Los Angeles © Getty Images

Mas os protestos não ficaram por aqui. Sarah Sophie Flicker, mulher de Jesse Peretz, realizador da série Glow, pisou a passadeira vermelha com um número de telefone escrito no próprio braço. Juntamente com o número, lia-se “Stop Kavanaugh” (Parem o Kavanaugh). O ato foi uma resposta à nomeação de Brett Kavanaugh para o Supremo Tribunal. Kavanaugh está a ser acusado de assédio sexual por Christine B. Ford. O alegado episódio terá acontecido quando os dois eram colegas de liceu. O número de telefone no braço de Flicker é do senado, local onde a nomeação de Kavanaugh vai ser votada na próxima semana.

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