Os estudantes do Ensino Superior queixam-se de problemas na atribuição de bolsas de estudo no arranque deste ano letivo. Ao Jornal de Notícias (link exclusivo para assinantes), a Federação Académica garante que a plataforma que gere estes processos “não está operacional, nem de forma automática nem manual”, o que tem gerado “enormes atrasos”. Ao diário, o Governo diz que “os processos estão a decorrer como normalmente, com previsão dos primeiros pagamentos no final deste mês” de setembro.

O gabinete de Manuel Heitor lembra que o ano letivo começou “há dois dias” para justificar a normalidade de ainda não haver qualquer resposta aos pedidos de apoio sociais. Mas a Federação Nacional das Associações de Estudantes do Ensino Superior contrapõe com os cerca de 73 mil processos que, no ano passado, por esta altura, já tinham sido processados pelos serviços.

A interoperabilidade entre as Finanças e a Segurança Social, na nova metodologia introduzida pelo Governo para agilizar a renovação automática das bolsas, pode explicar os atrasos na gestão dos processos de bolsas de estudo, um problema que afeta tanto os alunos das universidades como dos institutos politécnicos. “A plataforma está lenta, sobretudo quando se pede interoperabilidade” aos serviços dos dois ministérios, admite o administrador dos serviços de ação social da Universidade de Lisboa.

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