A Universidade da Beira Interior (UBI), sediada na Covilhã, informou que fez queixa ao Ministério Público e que também abriu um processo de averiguações devido a uma alegada praxe violenta que terá sido praticada por alunos daquela universidade.

“A UBI fez chegar ao Ministério Público da Covilhã uma queixa relativa a atos de violência que terão ocorrido na última semana, entre alunos da instituição”, diz a universidade em resposta escrita enviada à Lusa.

A UBI explica que este procedimento surge na sequência de uma participação que foi feita por parte de um aluno desta instituição do distrito de Castelo Branco.

A nota também refere que esta foi a única participação que recebeu até agora, desde o início do ano letivo, e ressalva que a situação relatada ocorreu fora das instalações da universidade.

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Na sua edição de domingo, o jornal “Correio da Manhã noticiou que um estudante do primeiro ano do curso de Ciências Biomédicas apresentou queixa à instituição depois de ter sido alvo de uma praxe violenta por parte de um grupo secreto.

Segundo aquele diário, o aluno e outro colega terão sido escolhidos pelos autores da praxe e levados, durante a noite, para a Serra da Estrela, onde terão sido obrigados a despir-se e a colocar-se de gatas, acabando por ser agredidos com pás.

Além da queixa ao Ministério Público, a UBI também abriu um processo no âmbito da Comissão Disciplinar do Senado, que analisará a situação.

Provando-se os factos, a sanção poderá chegar à interdição da frequência da UBI durante 5 anos”, salienta a UBI.

A UBI frisa igualmente que, ao longo do tempo, tem tomado “medidas para que a integração dos novos alunos seja feita de forma civilizada, sendo que há vários anos que não é permitida qualquer prática de praxe dentro das suas instalações”.

Recordando que a instituição apenas “apadrinha” atividades dos alunos que tenham cariz solidário e cívico”, a UBI refere que o reitor da instituição, António Fidalgo, tem salientado, em todos os atos de receção aos estudantes, que a “integração de novos alunos deve ser feita de forma amigável por todos os intervenientes”.

“Antes, logo no ato da matrícula, é entregue um panfleto de sensibilização, assinado pela Reitoria, Associação Académica da UBI e pelo Provedor do Estudante, que acompanha todo o processo de integração”, conclui.