Taylor Swift sempre optou pelo silêncio quanto à sua orientação política. Sempre, até agora. A cantora norte-americana resolveu revelar a sua orientação de voto nas eleições intercalares de novembro nos Estados Unidos, e declarou o apoio aos democratas — o que lhe está a render reações extremadas. Há fãs que adoraram, e há quem preveja o fim da carreira da super estrela da música norte-americana.

Numa extensa publicação no Instagram, a cantora explicou que houve “eventos nos últimos dois anos” que a levaram a ter vontade de partilhar as suas convicções políticas. Recorde-se que Swift não revelou em quem votou nas presidenciais de 2016, o que originou as mais variadas especulações. A pergunta “em quem vai votar Taylor Swift?” chegou a ser a principal expressão pesquisada no Google.

https://www.instagram.com/p/BopoXpYnCes/?hl=pt&taken-by=taylorswift

“Eu sempre decidi e sempre decidirei o meu voto em função do candidato que mais proteger e lutar pelos direitos humanos que penso que todos merecemos neste país”, explicou a cantora na publicação. “Acredito na luta pelos direitos LGBT [lésbicas, gays, bissexuais, transgénero e queer] e que qualquer forma de discriminação baseada na orientação sexual ou de género é errada”, escreveu ainda.

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Em jeito de conclusão, a cantora disse acreditar que “o racismo que ainda se vê no país em relação às pessoas de cor é aterrador, doentio e predominante” e esclareceu que, por todas estas razões, não vai apoiar Marsha Blackburn, a candidata republicana — embora, como esclarece, goste de votar em mulheres. Taylor Swift vai votar no Tennessee, estado tradicionalmente republicano mas que, nestas eleições, pode virar à esquerda, de acordo com as sondagens.

As reações na Internet — e até de Donald Trump

A publicação está a gerar uma onda de apoios e de insultos na Internet. Há fãs que celebraram o facto de Taylor Swift ter tomado uma posição política, apesar dos riscos, e de ter apelado ao voto. E depois há as críticas: “Oh, sim, outra celebridade literalmente atrasada mental que a esquerda pode bajular enquanto gozamos com ela por ser atrasada”, escreveu um dos seguidores da cantora. Outro escreveu que Swift “terminou com a sua carreira”, ao que um terceiro internauta respondeu: “Malta, acho que estes intelectuais de m* que nos torturam mataram a Taylor Swift e substituíram-na por um cérebro morto”.

Mas as reações não se ficaram pela Internet. O próprio Donald Trump disse aos jornalistas que Marsha Blackburn “está a fazer um grande trabalho no Tennessee”. “Tenho a certeza de que Taylor Swift não sabe muito sobre ela. Digamos que gosto menos 25% das músicas dela, ok?, comentou ainda o presidente norte-americano.

Também no seio do Comité Nacional Republicano as palavras da cantora não caíram bem. “A estrela multimilionária Taylor Swift desceu da sua torre de marfim para dizer aos trabalhadores do Tennessee para votarem no Phil Bredesen”, referiu o grupo conservador esta segunda-feira.

O presidente do Comité, Charlie Kirk, reagiu no Twitter: “Acabaste de apoiar um democrata na corrida ao senado pelo Tenessee com uma declaração ridícula dizendo que Marsha Blackburn, uma mulher, está contra as mulheres. Não tens absolutamente ideia nenhuma do que estás a dizer“, disse.