Entrou em vigor a 12 de Outubro, a norma que obriga os 3.000 postos existentes no país a afixar os novos símbolos e denominações dos combustíveis. Se durante dezenas de anos os automobilistas se preocupavam simplesmente em abastecer com gasolina – normal ou super, ou seja, com 95 ou 98 octanas – ou gasóleo, agora parece que é preciso quase um curso superior.

Em vez de Sem Chumbo 95, ou Sem Chumbo  98, os condutores que até abasteciam com gasolina vão passar a ter de escolher E5 ou E10, essencialmente uma mistura de gasolina com 5% de etanol (e daí o E), ou com 10% do mesmo tipo de álcool. Existindo ainda o E85. Nas bombas e nas “pistolas” que os condutores introduzem no bocal do depósito dos seus veículos, o E, seguido da percentagem de etanol, vai surgir dentro de um círculo. Para facilitar a transição do sistema antigo para o novo, as gasolineiras vão fazer coabitar ambas as denominações, para que se torne evidente para os automobilistas que a gasolina com um índice de octano 95 se chama agora E5, com a gasolina 98 a adoptar a nomenclatura E10.

O gasóleo não fica de fora deste baptismo de combustíveis, numa tentativa de harmonizar as denominações europeias nos 35 países que aderiram à medida. O gasóleo normal, o mais barato, vai passar a ser conhecido como B7 (que aparece inserido num quadrado), por ter 7% de biodiesel, com o B10 a ser o gasóleo mais caro, com 10% de biodiesel, ou seja, gasóleo com origem em gordura animal e sobretudo vegetal, em vez de ser derivado de petróleo. Existe ainda o símbolo XTL, que designa o diesel parafínico.

Nos combustíveis gasosos, as alterações são menos importantes, pois as denominações adoptadas são aquelas pelas quais já eram conhecidos, sendo afixados num losango. Isto envolve o gás natural comprimido (CNG), gás natural liquefeito (LNG), gás de petróleo liquefeito (LPG) e hidrogénio (H2).

A nova norma foi publicada em Setembro de 2017, mas, apesar disso, são mais os postos de combustível que não afixaram as novas denominações do que os que o fizeram. Contudo, o responsável da Apetro promete que a situação será revista durante o mês de Outubro.

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