Eduardo Lourenço, Freitas do Amaral, Francisco Louçã, Pinto Balsemão, Pepetela, Ricardo Araújo Pereira, Pacheco Pereira, Boaventura Sousa Santos, Manuel Alegre, Sérgio Godinho são alguns dos nomes que assinam uma breve declaração em conjunto, apelando à derrota de Jair Bolsonaro, candidato às eleições presidenciais no Brasil. A lista é longa e conta com diversas personalidades, sobretudo políticas (com rostos do BE, do PCP, do PS, do PSD), mas também da cultura e de outras áreas. A notícia é avançada pelo Público, na edição desta quarta-feira.

É consensual entre este grupo de notáveis que subscreveu o texto “Solidariedade com a democracia e com os democratas do Brasil” que o candidato de extrema-direita “promove o elogio da tortura e da ditadura, que propõe a discriminação das mulheres e o desprezo pelos pobres, representando uma cultura de ódio”, como se lê na carta.

A preocupação da emergência do fascismo é iminente: o fundador do CDS, Freitas do Amaral, diz que a eleição de Bolsonaro a Presidente “vai pôr em perigo a democracia, o Estado de direito, e as liberdades fundamentais”.

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Freitas do Amaral sublinha ainda que a declaração vai ao encontro daquilo que são “alertas de democratas contra os perigos que a democracia corre, por enquanto, noutros países”, mostrando-se preocupado com o cenário político nos EUA, na Polónia, na Hungria, na Turquia e na Rússia, numa altura em que regimes democráticos parecem estar a transformar-se em regimes neo-autoritários ou mesmo ditaduras.

Através da subscrição da carta, as várias personalidades portuguesas mostram a sua solidariedade com o povo brasileiro e com a democracia. A segunda volta das eleições presidenciais no Brasil aproxima-se e Jair Bolsonaro conta já com 59% dos votos, de acordo com as sondagens. Os brasileiros voltam às urnas no dia 28 deste mês.

59% dos eleitores tenciona votar em Bolsonaro na segunda volta do Brasil