É sempre uma boa notícia quando um fornecedor, do que quer que seja, decide colocar no mercado um produto com um preço mais competitivo. Especialmente quando o artigo em causa promete interessar muita gente, como é o caso do Taycan, o primeiro veículo eléctrico da Porsche. Depois de no início o fabricante alemão ter anunciado que iria comercializar a sua berlina eléctrica pelo mesmo valor do Panamera, eis que passados 12 meses a marca germânica parece estar a saldar o modelo que conhecíamos como Mission E, antes de passar a Taycan, reduzindo-lhe o valor nuns milhares de euros.
O responsável pelo modelo eléctrico, Robert Meier, afirmou à Automotive News Europe que “estamos a pensar lançar o Taycan no mercado por um valor situado entre o praticado pelo Cayenne e pelo Panamera”. Este posicionamento implica, num país como a Alemanha, um dos principais mercados para a marca, que afinal o Taycan não será vendido pelos 90 mil euros pedidos pelo mais acessível dos Panamera, antes posicionando-se entre esta fasquia e os 75 mil euros exigidos pelo Cayenne mais barato. O que atira o potencial preço do Taycan para 82.500€, um ‘desconto’ de 7.500€ a que nem os mais endinheirados virarão as costas.
Se considerarmos os valores praticados em Portugal, então o Panamera arranca nos 110 mil euros, para o Cayenne fazer o mesmo nos 91 mil euros. O que, a confirmarem-se as previsões de Meier, significa que o Taycan custará menos 5.000€ do que o inicialmente previsto, ou seja, 85.000€. Ainda assim, é razoável pensar que, como eléctrico que é, a berlina germânica não sofra as mesmas torturas que o fisco nacional aplica ao Panamera, por exemplo. Tudo porque não tem a componente originada pela cilindrada, nem a devida às emissões de CO2, que neste caso não têm razões de existir. Só isto deveria permitir ao Taycan exibir em Portugal um preço inferior aos seus “irmãos” a gasolina ou a diesel.