A marca japonesa anunciou que vendeu mais Leaf da segunda geração nos últimos sete meses, do que nos primeiros sete anos da primeira geração. Isto diz tudo sobre o maior potencial comercial do novo Leaf, mas confirma igualmente a maior apetência dos automobilistas para este tipo de veículos, mais amigos do ambiente. De momento, o fabricante afirma produzir à medida das exigências do mercado, tendo alcançado mais de 9.500 unidades em Setembro, depois de ter ficado ligeiramente aquém das 7.000 unidades em Agosto.

Numa análise das vendas, é fácil constatar que dos 9.575 Leaf transaccionados em Setembro, a Europa foi de longe o maior mercado, com 4.596 veículos, bem acima do Japão (2.811), dos EUA (1.563) e do Canadá (605), o único mercado em que as vendas registam perdas por o Governo ter retirado os incentivos à compra de carros eléctricos.

Guiámos o Leaf. Saiba se é melhor e se vale a pena

2019 marcará o início da mudança nos veículos eléctricos acessíveis, capazes de atingir um volume elevado, pois a Nissan vai lançar o Leaf com maior autonomia, com a nova bateria de 60 kWh a coabitar com a actual de 41 kWh, o que lhe permite dotar-se de armas mais eficazes para receber o VW I.D. Neo, quando este chegar ao mercado (algures na primeira metade de 2020), depois dos atrasos de que foi alvo. Mas 2019 vai ser igualmente o ano em que vamos poder ver o novo Zoe, modelo que a Renault agora fabrica à razão de 220 veículos por dia (4.840 unidades/mês), mas que vai duplicar com a introdução da 2ª geração.

Ao Zoe e ao VW, que deverão apresentar preços mais competitivos do que os actuais, a Nissan está pronta a responder com um incremento da produção do Leaf. Ao que o Observador conseguiu apurar, a fábrica inglesa que monta o eléctrico destinado aos mercados europeus está em condições de duplicar a produção, ou seja, produzir mais de 9.000 unidades/mês só nas instalações britânicas, a que deve somar o volume de Leaf gerado pelas fábricas noutros continentes.

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