O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, não quis esta quarta-feira pronunciar-se sobre a criação de uma comissão parlamentar de inquérito ao furto de armas em Tancos, mas sublinhou estar a acompanhar “com interesse” a iniciativa.
“Sabe que eu nunca me pronuncio sobre iniciativas parlamentares. Portanto, acompanho com interesse, obviamente, essa iniciativa, anunciada há já algum tempo”, disse Marcelo, à margem da homenagem a Walter Ossward, professor da Universidade Católica do Porto.
O chefe de Estado lembrou que a comissão de inquérito é uma iniciativa da Assembleia da República, salientando a regra constitucional da separação de poderes.
“O Presidente da República não interfere sequer com a sua opinião naquilo que é o andamento normal do parlamento”, vincou.
O chefe de Estado respondia aos jornalistas a propósito da discussão agendada para esta quarta-feira, na Assembleia da República, sobre a criação de uma comissão parlamentar de inquérito sobre as consequências e responsabilidades políticas do furto de material militar em Tancos.
A proposta foi apresentada pelo CDS-PP, para quem o Governo, “numa primeira fase, desvalorizou o sucedido” ao tentar encerrar o problema “sem retirar as devidas consequências”.