Tal como as bicicletas, as trotinetes eléctricas tendem a ser todas iguais, apenas com ligeiras diferenças ao nível da estética e ainda menos no que respeita à tecnologia, que passa por uma plataforma plana que aloja as baterias, um motor eléctrico e um guiador. É por isso mesmo que a Stator, assim se chama este novo modelo, dá tanto nas vistas e sobressai entre o marasmo geral.

O responsável por esta proposta radical é Nathan Allen, professor do ArtCenter College of Design, em Pasadena, que conquistou com a Stator vários prémios, entre os quais o Michelin Challenge Design.

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Com um aspecto estranho, excessivamente minimalista, esta trotinete é dobrável para ocupar um volume mínimo quando se tem de deslocar ou colocar no fundo de uma bagageira. Mas não se deixe enganar pela simplicidade do design, uma vez que esta proposta é a “coisa” mais sofisticada do mercado. Começa por ter uns pneus de dimensões generosas, o que lhe garante conforto sem suspensão, um trunfo de valor incalculável para circular em cidade. Depois, monta um motor de 1 kW, o que lhe permite atingir 40 km/h, um valor muito respeitável e inalcançável para a maioria (totalidade) das trotinetes eléctricas do mercado.

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A alimentar o motor estão duas baterias, uma vez que o comprador pode optar entre uma capacidade de 500 Wh ou 1000 Wh, consoante pretenda ter uma autonomia de 16 ou 32 km. O tempo de carga é de 4 horas, ligado à tomada lá de casa, ou menos, se utilizado um fast charger. Mas todas estas características estão longe de definir o potencial da Stator. Os seus potenciais trunfos residem na sua capacidade de não cair (o auto-equilíbrio está garantido), o que lhe permite prescindir de descanso, estar equipada com travão e acelerador, além de buzina, indicador de carga de bateria e um sistema de reconhecimento de chave para evitar roubos.

Nesta fase, o leitor pode questionar-se: “se a Stator é tão boa, onde é que a posso comprar?” A resposta é “ainda não pode”. Isto porque Nathan Allen pretende produzir a sua Stator nos EUA, o que devido às novas leis de Donald Trump implica um custo adicional de 25%, fruto de um imposto criado à medida.

Allen poderá sempre optar por fabricar no estrangeiro, onde a economia nos materiais e na produção das principais peças permitiriam cobrir as taxas impostas pelo Governo do Presidente americano, um pouco à semelhança da Apple, que produz os telemóveis americanos na China. Mas é bom que o inventor se decida rapidamente, uma vez que já começaram a aparecer no mercado veículos de aspecto similar, mas com muito menos tecnologia, que lhe podem estragar a imagem e, mais do que isso, o negócio.