A horas de arrancar a manifestação nacional da CGTP em Lisboa, o secretário-geral de central sindical esteve reunido com o líder parlamentar socialista para pedir “uma linha de intervenção ao Governo e ao PS que permita ir mais longe nas condições dos trabalhadores da Administração Pública e na melhoria da qualidade dos serviços público”. Arménio Carlos saiu sem respostas concretas sobre o que ainda quer ver alterado na proposta de Orçamento do Estado do Governo e queixa-se de existirem “dois pesos e duas medidas” no Orçamento quando há 50 milhões para aumentar funcionários público e e 1,6 milhões para o setor financeiro.
Até sexta-feira entram as propostas de alteração dos partidos ao que o Governo propôs no Orçamento do Estado para 2019 e a CGTP foi dizer a Carlos César que ainda quer ver inscritas na versão final, que o Parlamento votará a 29 de novembro, “a atualização do IRS de acordo com a inflação”; “a progressividade do IRS”; “acabar com a taxa liberatória e fazer a introdução do englobamento de todos os rendimentos” no IRS, proibindo que os rendimentos de capital sejam taxados à parte.
Quanto aos aumentos da função pública, Arménio Carlos disse aos jornalistas, à porta do grupo parlamentar do PS, que o valor final nunca foi apresentado à central sindical e que apenas o conhece pela comunicação social. Ainda assim, disse a César que “não é justo” e “não faz sentido” que “dez anos depois de não serem atualizados os salários” surja “uma proposta de 5o milhões para 675 mil trabalhadores da Administração Pública e que ao mesmo tempo apareça esta proposta 1,6 milhões de euros para os fundos de resolução para o setor financeiro nacional e europeu”. Sobre os aumentos salariais, segundo o líder da CGTP, o socialista “admitiu” que o valor é reduzido, mas que se centrou na existência de um aumento que não acontece há dez anos. “O Governo pode e deve ir mais longe”, rematou.
Mas a central sindical também quer mais na legislação laboral — que aguarda o encerramento do período do debate Orçamento para ser discutida no Parlamento. Arménio Carlos afirmou que “a proposta de lei em cima da mesa mantém e, nalguns casos, acentua desigualdades entre trabalhadores e patrões”. Carlos César prometeu ouvir a central quando esse debate (na especialidade) for aberto no Parlamento.