A atriz egípcia Rania Youssef foi acusada de “incitar a libertinagem” pelo vestido que usou na passada quinta-feira, no Festival de Cinema do Cairo. Youssef, de 44 anos, desfilou na passadeira vermelha com um vestido preto, cuja saia era transparente e que, por isso, permitia que as suas pernas ficassem à mostra.

A polémica, que começou nas redes sociais, pode agora valer à atriz Rania Youssef uma pena de prisão de cinco anos, se for considerada culpada. O vestido não agradou dois advogados egípcios Amro Abdelsalam e Samir Sabri, conhecidos por levar celebridades a tribunal, que apresentaram uma ação judicial, acusando a atriz “de incitar a libertinagem”.

A forma de se apresentar de Rania Youssef é contrária às tradições, aos valores da sociedade e dos seus costumes, e isso afetou o festival e a imagem da mulher egípcia”, declarou Sabri à AFP.

A atriz de 44 anos já veio pedir desculpa publicamente e diz estar arrependida por ter usado aquele vestido. “Talvez não tenha pensado bem ao usar esse vestido. Foi a primeira vez que o usei e não achei que provocasse tanta raiva”, escreveu Youssef na sua conta do Twitter. O julgamento está marcado para o próximo dia 12 de janeiro.

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Em dezembro do ano passado, uma cantora egípcia foi condenada a dois anos de prisão por ter publicado um vídeo considerado indecente. Em causa estava o vídeoclip da música “I Have Issues” em que a Shaimaa Ahmed, conhecida profissionalmente por Shyma, aparece de roupa interior a comer uma banana, enquanto é observada por vários homens. A pena foi mais tarde reduzida a um ano.

Cantora egípcia presa por comer uma banana em vídeo de forma sensual