O grau de ameaça terrorista em Portugal mantém-se moderado, mas durante os próximos dias vai haver reforço de segurança nas ruas portuguesas. Na sequência do atentado em Estrasburgo, cujo atirador foi abatido pelas autoridades durante a noite de quinta-feira, vários países europeus reforçaram os níveis de segurança e Portugal não é exceção. Por cá, haverá agentes encobertos nas ruas e ouriços com picos de aço para evitar atropelamentos em massa. A notícia é avançada pelo Diário de Notícias.

Para já, a PSP quer garantir que a perceção de segurança entre os cidadãos se mantém inalterada e, por isso mesmo, haverá um aumento visível do patrulhamento das ruas de várias cidades, com o objetivo de “prevenir atos de caráter terrorista, bem como outra criminalidade grave e violenta”. Mas haverá mais. Já a partir desta sexta-feira e até ao primeiro dia de 2019, no âmbito da operação “Polícia sempre Presente: Festas Seguras 2018-2019”, haverá também agentes encobertos entre a multidão.

“São operacionais à civil, dissimulados nas multidões, atentos a qualquer suspeita, com especial preparação em close combat, técnicas de dissimulação e cobertura, e profiling, assente na doutrina israelita, avança fonte autorizada da PSP. Estes agentes das chamadas Equipas de Reação Tática Encoberta (ERTE) serão distribuídos pelos pontos considerados mais sensíveis, acompanhados por elementos do Grupo de Operações Especiais (GOE), com carros descaracterizados que patrulham e reagem de imediato em caso de ameaça.

Haverá ainda operacionais do Corpo de Intervenção da Unidade Especial de Polícia distribuídos por locais como aeroportos, terminais de transportes ou áreas com mais pessoas, armados com pistolas-metralhadoras MP5. Já a PSP vai colocar em alguns perímetros onde haja maior fluxo de pessoas, os chamados “ouriços” — bolas de metal com picos de aço — para evitar atentados com recurso a viaturas para atropelamentos em massa.

Apesar do reforço de segurança, o gabinete da secretária-geral do Sistema de Segurança Interna (SSI) garantiu ao DN que “Portugal não alterou o grau de ameaça, mantendo-se moderado”.

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