O presidente do Sri Lanka, Maithripala Sirisena, reconduziu Ranil Wickremesinghe ao cargo de primeiro-ministro, quase dois meses depois de destituir o governante, aliviando assim o impasse político no país.

O Sri Lanka está mergulhado numa grave crise política desde que, a 26 de outubro, o presidente decidiu destituir, de forma inesperada, o primeiro-ministro Ranil Wickremasinghe, alegando então “conduta imprópria” por parte do político e “conflitos políticos” entre ambos.

Sirisena nomeou para o cargo o ex-presidente Mahinda Rajapaksa, mas este não obteve a aprovação do Parlamento, que o Presidente chegou a dissolver.

Contudo, na sexta-feira, o Supremo Tribunal do Sri Lanka declarou inconstitucional a decisão do presidente de dissolver o Parlamento, revertendo assim a medida tomada pelo governante para tentar conter a crise institucional.

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Com o voto unânime dos sete magistrados, o tribunal determinou que o Presidente não está capacitado para dissolver o órgão legislador.

Sirisena ordenou a dissolução do Parlamento no passado dia 11 de novembro como forma de impedir a discussão agendada para três depois, sobre a sua decisão de destituir Ranil Wickremesinghe.

O governador reconheceu imediatamente que decidiu dissolver o órgão para evitar que este se opusesse à decisão de destituir Ranil Wickremesinghe e de nomear em seu lugar Mahinda Rajapaksa, que já desempenhou o cargo de chefe de Estado.