O governo não vai reconduzir Carlos Martins na na gestão do Centro Hospitalar e Universitário de Lisboa Norte, onde se encontra o Hospital de Santa Maria e o Hospital Pulido Valente.

A notícia foi avançada pelo Expresso. Àquele jornal, fontes próximas de Carlos Martins afirmam que a decisão foi totalmente inesperada.

O Observador está a tentar, sem sucesso, contactar a administração do Hospital de Santa Maria. O Ministério da Saúde não quis prestar declarações. Ainda assim, em comunicado às redações, o mesmo ministério informou que os conselhos de administração de 15 hospitais “estão em fase de nomeação”.

Carlos Martins tem sido uma voz crítica do Governo de António Costa. Em outubro de 2016, perante um despacho governamental que obrigava os hospitais a pedirem autorização para todas as despesas, Carlos Martins disse que preferia “ir a tribunal por não cumprir um despacho do que por homicídio”.

Presidente do Santa Maria: “Prefiro ir a tribunal por incumprimento de um despacho do que por homicídio”

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Carlos Martins, ex-deputado do PSD foi nomeado presidente do Hospital de Santa Maria em 2013 e foi reconduzido no cargo em 2016.

Em julho de 2018, o Tribunal de Contas elaborou um relatório onde apontava que a dívida do Centro Hospitalar e Universitário de Lisboa Norte cresceu quase sete milhões de euros por mês em 2017, considerando ainda que se encontrava em falência técnica em 2015 e 2016.

À altura, em declarações à Lusa, Carlos Martins disse que as conclusões do Tribunal de Contas eram “injustas, sobretudo porque estão fora do contexto na sua esmagadora maioria”.