Helena Cabrita, a mulher alegadamente assassinada pelo ex-genro esta segunda-feira, tinha no seu perfil no facebook uma foto onde aparece ao lado do marido, da filha e do suposto homicida. Os quatro revelam expressões de tranquilidade, nesta imagem captada no Buddha Eden, no Bombarral, e publicada a 30 de Setembro de 2014, quatro anos e quatro meses antes desta tragédia.
De resto, o perfil da primeira vítima no Facebook revela uma relação próxima com a filha, e mãe da bebé de dois anos que também foi assassinada. “Cumplicidade entre mãe e filha é encontrar detalhes que também são seus”, comentou Sandra Cabrita nesta foto de capa do perfil da mãe, a 30 de Outubro de 2015.
Na grande maioria das fotos publicadas a mulher surge entre afetos, junto do marido ou da filha, mãe da bebé que também terá sido assassinada por Pedro Henriques. Além dos comentários de amigas, também a filha elogiava a mãe com frequência: “Mãe estás linda, linda, linda”.
Já no perfil de Facebook de Sandra Cabrita, uma fotografia de 3 de Setembro de 2017 mostra a mãe com a filha, Lara, ambas de biquíni e num momento de grande cumplicidade. “Obrigada pelo biquíni igual ao da princesa. Amei. Só tu mamusca”, escreve Sandra. A mãe, Helena, comentou depois: “Quando se faz por gosto nada custa.”
Além de várias fotos com o marido em férias, as publicações de Helena Cabrita indiciam que terá estudado numa escola na Alemanha e seria adepta do FC Porto. A última publicação púbica de Helena Cabrita foi feita a 29 de Dezembro de 2017.
Um dos sobrinhos da vítima exprimiu a sua ira no facebook em relação ao alegado assassino, apelando à justiça divina: “Que Deus receba minha tia Lena e a pequena Lara. Amo vocês”.
Helena Cabrita terá sido assassinada pelo ex-companheiro da filha à facada, no interior da residência em Cruz de Pau, no concelho do Seixal. A mulher apresentava ferimentos na zona do peito e do pescoço. Esta terça de manhã foi encontrado o corpo da neta de Helena Cabrita, Lara, 2 anos, na bagageira do carro. O suspeito foi encontrado morto poucas horas depois em Castanheira de Pêra, no distrito de Leiria, segundo confirmou ao Observador uma fonte da Polícia Judiciária.
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