Chama-se Joy Villa e, no último domingo, aproveitou a passagem pela passadeira vermelha dos Grammys para expressar o seu apoio às políticas anti-imigração de Donald Trump. A cantora e compositora californiana começou por pisar a red carpet com um vestido prateado, arame farpado (ou um material semelhante) sobre os ombros, uma coroa de pregos na cabeça e uma mala com a frase “Make America Great Again” (Façam a América Grande Outra Vez), slogan de campanha do atual presidente dos Estados Unidos.
Minutos depois, já em frente aos fotógrafos, surgiu um segundo vestido, até aí guardado sob o primeiro. O padrão imitava os tijolos de uma parede e, nas costas, a frase “Constrói o muro”. “É nisto que acredito. Acredito no Presidente. Acabei de lançar um álbum chamado Home Sweet Home [Lar Doce Lar] e é sobre o meu amor pela América. Com o arame farpado, estou só a divertir-me”, admitiu Villa à revista Variety.
O vestido é da autoria de Desi, um atelier dedicado ao desenhar peças para celebridades. No Instagram, o designer fez uma publicação, horas antes da cerimónia: “Os pontos de vista, pensamentos e opiniões que os meus clientes expressam não são necessariamente os meus”.
Desta vez, foi o “muro” de Trump, uma das medidas mais apregoadas pelo presidente como forma de deter a vaga de imigração proveniente do México, mas esta não foi a primeira vez que Joy Villa usou a moda e a atenção mediática sobre uma passadeira vermelha para expressar posicionamentos políticos. Na última edição dos Grammys, usou um vestido anti-aborto. Branca, a peça tinha estampado o desenho de um feto. Mais uma vez, a mensagem veio na mala: “Escolhe a vida”. Em 2017, o slogan “Make America Great Again” percorreu todo o vestido, ainda com o nome de Donald Trump escrito nas costas.
Joy Villa não foi a única a apoiar o presidente através da roupa. Ricky Rebel, um cantor de glam rock, pisou a red carpet com um blusão onde se podia ler “Keep America Great” (Mantenham a América Grande) e ainda “Trump 2020”. Uma blusa, calças e botas de salto alto, tudo branco, completaram o visual do artista, a quem têm sido dirigidas algumas críticas por ser ativista dos direitos LGBT e, em simultâneo, apoiante de Trump.