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Eurodeputada Ana Gomes: "Além de errado, interferir no relatório da OCDE é muito estúpido"

Este artigo tem mais de 5 anos

A eurodeputada encontra-se na Etiópia, mas já reagiu às alterações ao relatório da OCDE noticiadas pelo Observador. Documento foi limado no capítulo sobre corrupção em Portugal.

A eurodeputada Ana Gomes reagiu ao relatório final apresentado esta segunda-feira em Lisboa
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A eurodeputada Ana Gomes reagiu ao relatório final apresentado esta segunda-feira em Lisboa

MANUEL DE ALMEIDA/LUSA

A eurodeputada Ana Gomes reagiu ao relatório final apresentado esta segunda-feira em Lisboa

MANUEL DE ALMEIDA/LUSA

“Longe, em Addis Abeba, mas a ver e a não gostar nada. Além de errado, interferir no relatório da #OCDE é muito estúpido. E volta-se contra o ⁦@psocialista”. Foi com estas palavras que a eurodeputada Ana Gomes reagiu, via rede social Twitter, à notícia do Observador que dá conta de que na versão final do relatório da OCDE, apresentado esta segunda-feira em Lisboa, não aparecem algumas referências que apareciam no rascunho, nomeadamente aquelas que se referiam ao processo que envolve José Sócrates.

O relatório sobre as perspetivas económicas para Portugal, “Economic Survey”, defende a necessidade de reforçar o combate à corrupção em Portugal, mas o diagnóstico e medidas propostas na versão final são diferentes da versão que chegou a ser discutida com as autoridades portuguesas em 2018, e que foi noticiada causando mal-estar junto do Governo. O Observador comparou as duas versões do relatório e percebeu que no capítulo dedicado à organização do sistema judicial português e ao impacto da sua baixa eficiência e produtividade na economia e nos negócios, a principal ausência é a referência explícita a casos de corrupção de grande impacto mediático, como o que envolveu um ex-primeiro-ministro e gestores de grandes empresas portuguesas. Os nomes de José Sócrates, Ricardo Salgado (BES), Zeinal Bava e Henrique Granadeiro (ambos da PT) nunca foram referidos no draft inicial do relatório mas o desaparecimento da alusão indireta, mas facilmente identificável com a Operação Marquês, é uma das diferenças mais visíveis do relatório final face à primeira versão.

Estas alterações têm como pano de fundo as notícias sobre divergências manifestadas pelo Governo sobre o teor da versão anterior junto da própria OCDE, bem como o cancelamento da apresentação de Álvaro Santos Pereira, o coordenador da OCDE para relatórios nacionais e ex-ministro da economia de Passos Coelho. A presença de Santos Pereira na própria comitiva da OCDE que se vai deslocar a Portugal terá sido mesmo vetada pelo Governo de António Costa, como o Observador noticiou.

De Sócrates às comparações com outros países: o que foi mudado no relatório da OCDE sobre corrupção por pressão do Governo

Já esta segunda-feira, o secretário-geral da OCDE acabou por assumir aos jornalistas que foi sua a decisão de sugerir ao diretor da organização, Álvaro Santos Pereira, que não participasse na apresentação do Economic Survey sobre Portugal. Angel Gurría explicou que deu essa sugestão depois da “fuga infeliz” de uma versão preliminar do relatório sobre a economia portuguesa onde era especialmente desenvolvida a necessidade de combater a corrupção, com medidas concretas. “A minha decisão de sugerir a Álvaro de não participar foi depois desta fuga desafortunada, porque não desejava que a conferência fosse sobre Álvaro, mas sim sobre Portugal”, disse.

Relatório económico e corrupção. OCDE quis conferência sobre Portugal e não sobre Santos Pereira

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