Robert Scaringe é um daqueles (poucos) jovens que criou a sua primeira empresa assim que se formou no Massachusetts Institute of Technology (MIT), em 2009. A denominação da sua empresa mudou três vezes, até chegar a Rivian e tardou mais um pouco até se concentrar exclusivamente em veículos eléctricos, mas é partir daí que a aceleração é brutal. Adquiriu uma fábrica descontinuada da Mitsubishi no Illinois em 2017, mas desde 2016 que tinha mais de 100 técnicos a trabalhar no projecto, número que hoje disparou para 750.

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Recebeu ajudas do Estado para criar emprego e recorreu aos bancos em busca de investimento, com a sua vida a tornar-se mais fácil assim que interessou investidores como Abdul Latif Jameel e a Sumitorno Corporation, para agora, em Fevereiro, a Amazon se tornar no maior investidor, ao garantir à Rivian 700 milhões de dólares em fundos. E as boas notícias não deverão ficar por aqui, uma vez que, por pressão de Jeff Bezos, também a General Motors estará a preparar um investimento similar.

Mas o que leva tanta gente a colocar tanto dinheiro na Rivian? É o fenómeno Tesla. Quem está arrependido de ter falhado a possibilidade de investir no arranque da Tesla, e não quer perder uma segunda oportunidade de ganhar milhões, acredita que será a Rivian a assegurar-lhe este rendimento.

O que é que Robert Scaringe tem para mostrar que é assim tão apelativo para os potenciais investidores? O R1S e o R1T, o primeiro um SUV e o segundo uma pick-up, ambos eléctricos e construídos sobre a mesma base. Os packs de baterias começam nos 105 kWh de capacidade e crescem até aos 180 kWh, uma brutalidade que se aproxima do dobro que os melhores oferecem, Tesla incluída, para depois oferecer motorizações com mais de 750 cv e autonomias superiores a 640 km pelo método EPA, o que deverá ultrapassar os 700 km em WLTP. Valores impressionantes que explicam o interesse que a Rivian suscita junto dos indivíduos que têm os bolsos mais fundos.

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