Os juros dos créditos à habitação estão em queda há 3 meses consecutivos, com uma quebra de 14,2 pontos-base só em janeiro de 2019. O valor chega ao nível mais baixo desde que o Instituto Nacional de Estatística (INE) começou a publicar dados sobre os novos créditos, em 2003. A a taxa de juro implícita fica agora nos 1,282%.

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Fonte do INE avança ao Jornal de Negócios que a quebra “eventualmente poderá refletir redução do spread“, refletindo a maior quebra na taxa média dos novos financiamentos em seis anos. O último grande banco português a anunciar uma diminuição neste campo foi o BPI, passando de 1,50% para 1,25%. A mudança implicou uma quebra do spread médio dos dez principais bancos em Portugal para 1,28%.

A diminuição do spread deve continuar, mas de forma mais moderada, prevê o economista da IMF – Informação de Mercados Financeiros, Filipe Garcia também ao Jornal de Negócios, já que “as taxas de juro ainda estão em níveis muito baixos e isso dá pouca margem aos bancos para reduzir muito mais”. A longo prazo “dificilmente veremos spreads como os que se praticavam antes da crise”, continua, assumindo que “ficaria surpreendido se visse muitas operações com ‘spreads’ abaixo de 1% na modalidade de taxa variável”. O valor emprestado anualmente pelos bancos em Portugal tem vindo a aumentar, atingindo o valor mais alto desde 2010: 9.835 milhões de euros.

Os juros em empréstimos antigos, no entanto, têm aumentado, passando de 1,053% em dezembro para 1,054% em janeiro. A variação do Euribor tem tido aqui mais impacto do que a quebra do spread, levando à subida pelo segundo mês consecutivo. O valor é o mais elevado desde agosto de 2016.

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