Carlos Ghosn, antigo líder dos construtores automóveis Nissan e Renault, afirmou-se esta terça-feira “inocente” e determinado a “defender-se vigorosamente”, após a confirmação no Japão da sua libertação sob fiança.

“Estou infinitamente grato à minha família e amigos que me apoiaram nesta terrível provação”, declarou Ghosn num comunicado divulgado em Paris, depois de ter sido anunciado em Tóquio que um tribunal rejeitou um recurso do Ministério Público e confirmou a libertação sob caução do ex-líder da Nissan/Renault, detido há mais de 100 dias.

“Agradeço igualmente às associações e ativistas dos direitos humanos no Japão e no mundo que lutam pelo respeito da presunção de inocência e pela garantia de um julgamento justo”, acrescentou.

O advogado de Ghosn, Junichiro Hironaka, tinha declarado antes à comunicação social que, tendo em conta os horários dos bancos em Tóquio, não seria possível reunir hoje a soma exigida pelo tribunal de mil milhões de ienes (8 milhões de euros), remetendo o procedimento para quarta-feira.

Em conferência de imprensa, o advogado disse ainda que para Ghosn, que passou mais de 100 dias na prisão, a decisão do tribunal é “uma coisa boa”.

Carlos Ghosn foi detido em novembro em Tóquio por suspeitas de fraude fiscal e de abuso de confiança.

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