Antes morrer livres, que em paz sujeitos“. A frase, que consta do brasão que representa a autonomia açoriana, foi proferida pelo presidente do PSD/Açores antes do início do Conselho Nacional do PSD. Alexandre Gaudêncio, que se fazia acompanhar por um grupo de irredutíveis dirigentes açorianos, acusou a direção do PSD de dar um “papel de segunda” aos Açores ou dar-lhe apenas o oitavo lugar da lista. O PSD/Açores retirou mesmo a indicação da lista e disse que as “consequências políticas” não se vão ficar por aqui. Embora ainda não tenha discutido a questão internamente, Alexandre Gaudêncio ameaçou: “Permitam-me dizer que uma das consequências é provavelmente não fazermos qualquer campanha política nos Açores“.

Alexandre Gaudêncio explicou que “infelizmente” o PSD/Açores não levou a melhor no braço-de-ferro com Rui Rio. Os açorianos tinham a  “legítima expectativa, desde que há tradição neste partido de Europeias, que os Açores tivessem a sua representação legítima”. Por isso mesmo deliberaram nos órgãos próprios “indicar o nome do dr. João Bosco Mota Amaral, atendendo à história que o partido tinha na indicação sempre de dois nomes das regiões autónomas, dos Açores e Madeira”.

O nome de Mota Amaral, lembrou Gaudêncio, foi indicado “de forma unânime, devido ao perfil e à personalidade que representa“, o que adensou a ideia de que o PSD/Açores teria “um lugar mais do que legítimo elegível pela direção nacional do partido”. No entanto, na lista final, no entender da direção regional, “os Açores são relegados para um papel de segunda.” Ora, para Gaudêncio “os Açores têm um papel fundamental na construção da União Europeia” e lembrou que no seu cargo defende “primeiro os interesses dos Açores e só depois do partido”. Assim, nunca poderiam aceitar o lugar que foi atribuído à região autónoma.

Rio divulga finalmente a lista final para Europeias: Álvaro Amaro, José Manuel Fernandes e Graça Carvalho na lista

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