Rosa Grilo e António Joaquim, suspeitos de serem co-autores do homicídio de Luís Grilo, vão continuar presos. A juíza do Tribunal de Vila Franca de Xira responsável pelo processo, Andreia Valadas, decidiu esta quinta-feira manter em prisão preventiva os dois suspeitos do crime, na sequência de uma reavaliação da medida de coação aplicada, de três meses em três meses, exigida por lei.

Os dois alegados co-autores foram detidos no dia 26 de setembro do ano passado, tendo-lhes sido aplicada a medida de coação máxima três dias depois. Esta é, por isso, a segunda vez que a medida de coação é reavalidada — a primeira reavaliação foi feita a 24 de dezembro e a decisão foi igual: manter a medida de prisão preventiva. A viúva do triatleta vai continuar, assim, no Estabelecimento Prisional de Tires e o amante manter-se-á na prisão anexa à sede da Polícia Judiciária (PJ), em Lisboa.

O caso que agora é de homicídio começou como um desaparecimento. Foi, aliás, Rosa Grilo que, a 16 de julho, disse às autoridades que o marido, triatleta, tinha saído para fazer um treino de bicicleta e não tinha regressado a casa. Mas, no final de agosto, o corpo de Luís Grilo foi encontrado, com sinais de grande violência, em Álcorrego, a mais de 100 quilómetros da localidade onde o casal vivia — em Cachoeiras, no concelho de Vila Franca de Xira.

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A PJ acabou por concluir que Luís Grilo foi morto a tiro, em casa, por Rosa Grilo e António Joaquim, e deixado depois no local onde foi encontrado. O triatleta terá sido morto a 15 de julho, por motivações de natureza financeira e sentimental. A tese de Rosa Grilo é, no entanto, diferente: segundo as declarações que prestou no primeiro interrogatório — e que veio a reforçar em várias cartas que enviou a partir da prisão para meios de comunicação — Luís Grilo terá morrido às mãos de três homens (dois angolanos e um “branco”) que lhe invadiram a casa em busca de diamantes.

Contradições e “explicações absurdas”. Porque é que a PJ não acredita na versão de Rosa Grilo para a morte do marido