As contas externas do Brasil apresentaram em fevereiro um défice de 1.100 milhões de dólares (970 milhões de euros) face a janeiro, divulgou hoje o Banco Central do país.
Segundo o órgão, o resultado negativo das transações correntes do Brasil, que envolvem compras e vendas de mercadorias, serviços e transferências para outros países, é menor do que o registado em fevereiro de 2018, quando o défice das contas externas ficou em 2.000 milhões de dólares (1.700 milhões de euros). “Essa redução deveu-se à combinação de incremento no excedente comercial, de 2.700 milhões de dólares (2.400 milhões de euros) para 3.200 milhões de dólares (2.800 milhões de euros)”, destaca o Banco Central do Brasil, em comunicado.
Registou-se ainda o recuo no défice da conta de serviços, de 2.600 milhões de dólares (2.300 milhões de euros) para 2.100 milhões de dólares (1.800 milhões de euros), na comparação anual.
O défice em transações correntes do Brasil nos 12 meses encerrados em fevereiro somou 13.900 milhões de dólares (12.300 milhões de euros), o que representa 0,74% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, abaixo do valor registado no mês anterior de 14.800 milhões de dólares (13.000 milhões de euros), ou 0,79% do PIB.
No mês passado, as exportações de bens do Brasil totalizaram 16.200 milhões de dólares (14.300 milhões de euros), uma redução de 6,1% face a fevereiro de 2018. Já as importações de bens somaram em fevereiro 13.100 milhões de dólares (11.500 milhões de dólares), dado que indica uma queda de 10,6%, na mesma base de comparação.
As reservas internacionais do Brasil atingira no mesmo período 378.400 milhões de dólares (334.330 milhões de euros) em fevereiro de 2019, correspondendo a 349% da dívida externa de curto prazo, aumento de 1.500 milhões de dólares (1.300 milhões de euros) relativamente ao mês anterior.
“Essa expansão decorreu de receita de juros, de 584 milhões de dólares (516 milhões de euros), e de retorno líquido em operações de linhas com recompra [de títulos de dívida] de 1.300 milhões de dólares (1.100 milhões de euros)”, concluiu o Banco Central brasileiro.