A Aviointeriors Group, uma empresa italiana de interiores de aeronaves, está a tratar de convencer as principais transportadoras aéreas a ultrapassar uma série de receios legais e embarcar na ideia de viajar de pé nos aviões. Ou quase.

Esta é a última versão do Skyrider, a terceira desde que foi lançado em 2010

A ideia passa por pequenos assentos, que são quase como selins de bicicleta. Os passageiros ficam em pé, mas sempre apoiados por uma pequena plataforma que permite algum descanso às pernas. A principal vantagem seria o preço mais baixo de cada viagem, já que cada avião levaria mais pessoas, bem como as mais rápidas manobras de segurança em caso de acidente. O conforto seria a principal desvantagem.

O projeto surgiu em 2010. Foi aí, aliás, que a ideia foi pela primeira vez apresentada, na Feira de Interiores de Aeronaves de Hamburgo. Na altura, ainda que tenha tido bastante alcance, a inovação não pegou e ninguém a comprou. O motivo? Ia contras as normas de segurança de transporte aéreo que diz que os assentos têm de ter pelo menos 71 centímetros de distância entre eles algo que não acontecia com o Skyrider, que tem uma distância de 58.42 centímetros.

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A primeira versão do Skyrider, apresentada em 2010 na Feira de Interiores de Aeronaves de Hamburgo não era tão vertical como a atual.

Os comprimentos podem ser um problema, já que o grande trunfo que a Aviointeriors apresenta é o facto de os aviões poderem levar mais passageiros em cada voo. Segundo as previsões da empresa, um avião construído com este tipo de assentos poderia ter mais 20% de capacidade do que a média de um avião comercial. Porém, com as regras a não permitirem grande redução nesse sentido, será difícil convencer as transportadoras a avançar.

Mas para a Aviointeriors ainda há esperança. Daí terem voltado à Feira de Interiores de Aeronaves de Hamburgo, com o Skyrider 3.0. Ainda não se sabe se há possíveis interessados. A companhia “VivaColombia” disse em junho de 2018 que estaria “interessada em todas as ideias que tornassem as viagens mais baratas”, incluindo os assentos verticais. Também o CEO da RyanAir, Michael O’Leary, demonstrou apoio a ideias como estas em 2010.