A Câmara Municipal de Lisboa (CML) quer cobrar um euro a cada taxista que faça serviços a partir do aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, noticia o Jornal Económico na sua edição impressa. De acordo com o diário, a questão está a ser discutida no âmbito do novo regulamento de acesso de viaturas de transporte de passageiros do aeroporto até Lisboa, por iniciativa do vereador da Mobilidade da CML, Miguel Gaspar. O objetivo, diz a autarquia, é garantir a sustentabilidade da gestão das praças de táxi na capital.

Existia um regulamento aprovado há cerca de quatro anos por todas as entidades interessadas — desde a autarquia lisboeta, a ANA (gestora do aeroporto detido pelo grupo francês Vinci), PSP, e associações representativas dos taxistas, como a Antral ou a Federação Portuguesa do Táxi — que nunca foi posto em prática.

Por esse motivo, a autarquia liderada por Fernando Medina quis avançar com uma nova ronda de negociações com todas as entidades, com o objetivo de disciplinar o acesso dos carros às zonas de chegada e partida do aeroporto de Lisboa. Fonte oficial da Câmara Municipal de Lisboa confirmou ao Jornal Económico que “seguir-se-á uma fase de discussão pública, uma fase de audiência prévia”.

Contudo, relativamente à questão específica de pedir um euro a cada taxista, afirma que ainda estão a discutir o assunto, referindo que “há um caminho a fazer, é prematuro estarmos a falar sobre isso”.

O consenso no que toca a este regulamento não é total. Florêncio de Almeida, presidente da Antral, entidade que diz representar 80% dos taxistas adiantou ao Jornal Económico ser contra a proposta — “A Câmara [de Lisboa] quer receber um euro, pago pelo utente, por cada serviço de táxi que saia do aeroporto e eu discordo disso. Ou seja, o táxi é que tem de cobrar, mas [esse valor] vai ser cobrado a cada passageiro”. O presidente da Antral reforçou ainda que “a Câmara já recebe 600 mil euros por ano para tratar dos espaços que os táxis ocupam em Lisboa”.

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