Foi uma solteirona britânica, trapalhona e cativante em “O Diário de Bridget Jones”, e uma colega dedicada (e apaixonada) em “Jerry Maguire”. Renée Zellweger fez esta quinta-feira, dia 25 de abril, 50 anos. A data redonda assinala-se numa altura em que a atriz está de volta ao pequeno e ao grande ecrã.
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A loira cuja imagem chegou a ser uma espécie de obsessão coletiva vai estrear-se naquela que é a sua primeira produção exclusiva para a Netflix: “What/if” chega já no próximo dia 24 de maio. Mas não é só este trabalho que tem vindo a dar que falar. Para outubro de 2019 está marcada a estreia de “Judy”, longa metragem na qual Zellweger interpreta a icónica atriz Judy Garland — há quem assinale que a personagem pode valer-lhe a entrada em mais uma corrida aos Óscares. Ao longo da carreira, Zellweger foi nomeada em três ocasiões — em 2001, 2002 e 2003 por “O Diário de Bridget Jones”, “Chicago” e “Cold Mountain”, respetivamente — e saiu vencedora à terceira vez.
O filme “O Diário de Bridget Jones”, de 2001, lançou-a definitivamente rumo ao estrelato. A escolha da Renée Zellweger para o papel não foi de imediato convincente e a dúvida era real: conseguiria esta atriz norte-americana, nascida no estado do Texas, dar vida a uma personagem tão unicamente britânica? De sotaque certo na ponta da língua, Zellweger venceu e agradou tanto o público como a imprensa britânica, fazendo do filme um sucesso de bilheteiras no Reino Unido.
“You had me at hello”. A citação também serve como imagem de marca da atriz. A personagem que Zellweger interpretou ao lado de Tom Cruise em “Jerry Maguire”, filme que passou pela primeira vez em Portugal a 14 de março de 1997, terá certamente contribuído para uma carreira sólida. Porém, o sucesso alcançado levou-a temporariamente a afastar-se do universo cinematográfico durante seis anos. Entre 2000 e 2010, Renée Zellweger entrou em quase 20 filmes. As exigências da profissão cansaram-na e forçaram-na a admitir que precisava de tempo para si própria, para se descobrir enquanto pessoa:
Enquanto uma pessoa criativa, é difícil dizer não a um projeto maravilhoso que surge uma vez na vida. Mas eu estava cansada e não estava a tirar o tempo que precisava para recuperar entre projetos. Estava farta do som da minha voz: estava na altura de me ausentar e de crescer um pouco”, chegou a dizer em 2016 ao E!.
Foi precisamente durante esse intervalo de seis anos que a atriz disse ter encontrado o anonimato, uma condição que lhe permitiu “ter experiências com pessoas num nível humano”, além de ser vista e ouvida, “e não definida por esta imagem que me precede sempre que entro numa divisão”. “Não podemos ser bons contadores de histórias sem ter experiências de vida.”
A alegada operação plástica
Em 2014 a aparência da atriz foi tema de conversa e fez correr muita tinta em diferentes meios de comunicação espalhados pelo globo. O rosto visivelmente diferente de Renée, quando marcou presença na passadeira vermelha da iniciativa anual Elle Women In Hollywood Awards, deixou muitas dúvidas no ar sobre se a atriz teria recorrido a operações plásticas. A diferença notória — Renée chegou a ser confundida com Cameron Diaz no respetivo evento — fez com que a imprensa internacional (e nacional) colocasse a questão: “O que aconteceu à cara de Renée?”.
Ummm Renee Zellweger's face has changed a bit, hasn't it? http://t.co/vpG7XiXSMZ pic.twitter.com/hLWrG4Vnra
— Mirror Celeb (@MirrorCeleb) October 21, 2014
Dois anos volvidos, a atriz optou por escrever uma carta aberta condenando os tabloides e negando ter feito qualquer operação plástica. “No interesse do jornalismo de tabloide, que lucra do caos e escândalo que conjetura e injeta na vida das pessoas (…), a verdade é reduzida à representação de apenas um lado do argumento ficcional. (…) É um entretenimento tonto, não tem importância e não vejo o porquê de comentar”, começou por escrever numa longa carta então publicada no The Huffington Post.
“Não é que interesse a ninguém, mas eu não tomei a decisão de alterar a minha cara e de fazer uma cirurgia aos meus olhos. Este facto não tem importância real, mas a possibilidade de ter sido discutido por jornalistas respeitados e de se ter tornado uma conversa pública é uma ilustração desconcertante da confusão entre notícias e entretenimento e da fixação da sociedade no físico”, continuou. Zellweger foi ainda mais longe e argumentou não ser segredo “que o valor de uma mulher tem sido historicamente medido pela sua aparência”.
Depois da pergunta, a resposta: a aparência de Zellweger deve-se “a estilo de vida feliz e saudável”
Os homens de Zellwegger
A vida amorosa de Renée tem sido, à semelhença de outras estrelas de Hollywood, bastante atribulada. O seu primeiro grande amor — o músico Sims Ellison — suicidou-se em 1996, na mesma altura em que a atriz contracenava com Tom Cruise em “Jerry Maguire”. Segundo o britânico The Mirror, os dois estiveram juntos cerca de cinco anos. Sims, cuja carreira na música estaria estagnada, acabou com a sua própria vida na sequência de uma alegada depressão. Até hoje, segundo a Folha de São Paulo, Renée visita a campa do ex-namorado quando viaja até à cidade natal.
Em 1999, Renée conhece o ator Jim Carrey, quando ambos protagonizam o filme “Ela, Eu e o Outro”. O par romântico acabaria por se desfazer depois de um curto noivado. Ao que consta, o romance terá terminado porque Jim Carrey teria dificuldades em marcar uma data, isto é, a comprometer-se. Nos anos seguintes, o nome da atriz chegou a ser associado ao de Matthew Perry – Chandler Bing da série “Friends” — e também ao de George Clooney, entre outros. Certo é que Renée namorou com o vocalista da banda White Stripes, Jack White, mas também essa relação haveria de ter um fim.
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Em 2005, Renée Zellweger surpreendeu tudo e todos ao casar com o cantor de música country Kenny Chesney. O casamento durou apenas quatro meses, o mesmo tempo de namoro com que o casal subiu ao altar. O romance com o ator Bradley Cooper terá sido aquele que realmente “partiu o coração” a Renée, atriz que desde 2013 está com o músico Doyle Bramhall II.