A menos de duas semanas do início das encomendas para o mercado europeu, previsto para 8 de Maio, a Volkswagen tem tudo pronto para satisfazer a curiosidade dos seus clientes. Até as fotos que vão revelar a estética final do modelo que servirá de base à sua ofensiva eléctrica, em que já apostou mais de 50 mil milhões de euros para os próximos anos, que deverão ser divulgadas no dia da abertura das encomendas, apesar de as entregas só estarem agendadas para o início de 2020.
O I.D., cuja denominação definitiva será igualmente revelada em Maio, será proposto com três capacidades de bateria, de que vão depender directamente os preços de comercialização. A versão mais acessível vai oferecer 48 kWh de capacidade, assegurando uma autonomia de 330 km, para depois a intermédia associar 62 kWh a 450 km entre recargas. O topo de gama só surgirá mais tarde, provavelmente com 80 kWh e uma autonomia de 550 km.
A primeira versão do I.D. a estar disponível, apelidada Launch Edition, montará a bateria de 62 kWh e será vista pela primeira vez pelo público em Setembro, no Salão de Frankfurt. O seu preço deverá situar-se na Alemanha acima dos 35.000€, e um pouco mais em Portugal, sobretudo devido ao efeito do IVA, 4% superior entre nós.
De acordo com o Auto Motor und Sport, a versão mais barata do I.D., com 48 kWh, será proposta por 29.990€, com a VW a pretender que este seja praticado em todos os países europeus, incluindo o nosso. Se este preço é compatível como que se esperava para Portugal, já o mesmo não acontece com o previsto para a Alemanha, onde inicialmente foi prometido um valor similar ao pedido pelo mais barato dos Golf com motor TDI, o que apontaria para uma proposta em torno dos 23 mil euros.
Ainda assim, segundo a revista alemã, o construtor espera perder em cada unidade que venda cerca de 3.000€, prejuízos que se devem prolongar até 2025, ainda que diminuindo as perdas por veículo à medida que a produção (de baterias e de automóveis) aumente. Se considerarmos que a marca prevê produzir 100.000 I.D. durante 2020, estamos perante um rombo de 300 milhões de euros só durante o próximo ano, valor elevado, mas nada que não se consiga acomodar num grupo que, só em 2018, anunciou lucros operacionais de 13,9 mil milhões de euros.