Uma enfermeira britânica tornou-se a mais rápida do mundo a terminar uma maratona com o uniforme que usa no trabalho, mas não recebeu o Prémio Guinness por não ter usado a farda branca com saia tradicionalmente associada à profissão. Logo após a decisão, os responsáveis pelo prémio foram inundados de críticas e reclamações e acabaram por reavaliar os critérios de atribuição que consideraram desatualizados. Esta terça-feira a própria enfermeira acabaria por anunciar na rede social Instagram que afinal iria receber o prémio.

Foi também através da redes sociais que a atleta, depois de concluir uma maratona em três horas, oito minutos e 22 segundos, divulgou porque não iria receber o prémio: porque não usara “um vestido branco ou azul, um avental e chapéu branco”, mas sim calças e camisola azuis, tal como usa todos os dias no Royal London Hospital.

A vice-presidente da organização reconheceu  ao The Guardian que os critérios de avaliação para o prémio da maratonista mais rápido a usar um uniforme de enfermeira estavam “desatualizados e refletiam um estereótipo que não queriam perpetuar”, disse Samantha Fay.

https://www.instagram.com/p/BxK-Ao1A4EQ/

Na publicação em que agradece à Guinness, Jessica Anderson lembra que a prova foi mais do que atingir um recorde mundial. E que ao vestir o uniforme que usa habitualmente no trabalho representou todos os homens e mulheres que tratam das pessoas das mais diversas formas em todo o mundo. Mais. Que estaria a fazer um mau serviço à sua profissão caso tivesse vestido uma farda tipo vestido.

Enfermeira não pode ganhar prémio Guinness porque correu maratona de calças, não de saia

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