A última edição da Taça Continental de hóquei em patins, que se realizou na Argentina no final de setembro, foi talvez o encontro recente onde o FC Porto teve melhores condições para finalmente conseguir bater o pé ao Barcelona e ganhar num jogo decisivo mas, no desempate por grandes penalidades, o troféu voltou a cair para os catalães. Os azuis e brancos não têm propriamente o pior registo com os blaugrana, pelo contrário, mas é preciso recuar a 2010/11 para ver a equipa portuguesa afastar os espanhóis numa fase decisiva, neste caso nos quartos; daí para a frente, os dragões ganharam na Invicta e na Catalunha mas sempre nas fases de grupos – nas meias-finais ou nas finais, o triunfo foi sempre para o outro lado.
Acabou o sonho do FC Porto: Barcelona vence Liga Europeia de hóquei no Dragão Caixa
Esse era um dos grandes desafios para os comandados de Guillem Cabestany na primeira meia-final da Liga Europeia, que este ano se realiza no Pavilhão João Rocha. Depois da conquista da Supertaça (Sporting), das derrota nas Taças Continental e Intercontinental (Barcelona) e do triunfo fundamental na receção ao Sporting que colocou o Campeonato bem encaminhado e da eliminação na Taça de Portugal (Sporting), todas as atenções do FC Porto estavam centradas nesta Final Four, em específico no jogo com os espanhóis. Até para tentar quebrar de vez a “maldição” nesta Liga Europeia: depois das vitórias em 1986 e 1990, os azuis e brancos levam nove finais perdidas na competição, seis delas disputadas frente ao Barcelona (incluindo em 2018, no Dragão). E percebeu-se que não seria por falta de estudo ou conhecimento do adversário que o resultado iria ser decidido.
FC Barcelona vence FC Porto e conquista Taça Continental de hóquei em patins
Matías Pascual, num remate fortíssimo sem hipóteses para Grau, inaugurou o marcador logo aos quatro minutos, confirmando o melhor início do Barça com o argentino em destaque. E ainda dentro da primeira parte as contas poderiam ter ficado melhores para os espanhóis, com o guarda-redes espanhol dos dragões a ver azul e Nelson Filipe a entrar para defender o livre direto de Pau Bargalló (bem como a situação de power play do adversário). A 38 segundos do final, também Marc Gual viu azul por protestos mas o FC Porto não conseguiu aproveitar a vantagem numérica para igualar o encontro.
Os azuis e brancos necessitavam de um clique que voltasse a equilibrar os pratos da balança e surgiu mesmo por parte de Gonçalo Alves, com uma jogada individual fantástica a superar finalmente o sempre atento Sergi Fernández a empatar também aos quatro minutos mas da segunda parte. Apesar das várias oportunidades criadas pelos dois conjuntos num encontro muito equilibrado, a decisão passou mesmo para o prolongamento com as duas equipas tapadas de faltas mas o FC Porto a ter uma ocasião de ouro para “fechar” o encontro, quando Gual viu o azul por falta sobre Gonçalo Alves a pouco mais de dois minutos do final do tempo extra. Hélder Nunes, que já tinha acertado na trave, não conseguiu superar o guardião dos catalães no livre direto e, em power play, o máximo que os dragões alcançaram foi mais um remate no ferro de Reinaldo Garcia.
???? Força Porto ????
???? FC Barcelona 1-1 FC Porto Fidelidade
⚪ ½ Final da Liga Europeia
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As grandes penalidades tiveram início com um momento que, se não for único, não deverá ter acontecido muitas vezes: Gonçalo Alves, na primeira tentativa, permitiu a defesa a Sergi Fernández, o penálti foi repetido, o espanhol voltou a travar a tentativa do internacional português, o lance foi de novo anulado por ter saído antes do tempo da linha de golo e o número 10 acabou mesmo por ver o vermelho direto por protestos. Aitor Egurrola, um dos maiores guarda-redes da modalidade na última década (hoje, com 38 anos, já suplente), entrou bem mas o penálti convertido por Hélder Nunes (provável reforço dos catalães na próxima temporada) acabou por colocar de novo o FC Porto na final. À terceira foi mesmo de vez e os dragões aguardam agora pelo desfecho da segunda meia-final da prova, entre Benfica e Sporting (18h).