O Rei de Espanha, Filipe VI, termina esta quinta-feira a ronda de conversações com os representantes dos partidos com representação parlamentar nas legislativas de abril para a formação do Governo. A ronda de consultas termina com o líder do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) e chefe do Governo, Pedro Sánchez.

O Rei espanhol vai receber ainda esta quinta-feira Pablo Iglesias, líder do partido Podemos, Albert Rivera do Cidadãos e o líder do Partido Popular (PP), Pablo Casado. Os contactos começaram na manhã de quarta-feira com o deputado do Partido Regionalista da Cantábria, José María Mazón.

O PSOE foi o mais votado nas legislativas de abril passado e procura agora, com a escassa maioria parlamentar que tem, a melhor maneira de formar um executivo que possa governar com apoios pontuais à esquerda e à direita. O líder socialista e atual primeiro-ministro, Pedro Sánchez, quer assegurar os votos suficientes de outros partidos para ser investido até meados de julho, numa primeira volta, pela maioria absoluta (176 num total de 350) do parlamento ou, na pior das hipóteses, numa segunda volta, pela maioria simples.

A escassa maioria que o líder socialista tem vai obrigá-lo a conversações complexas para assegurar os apoios necessários, mas antes aguarda pelos resultados de negociações que vão levar à formação de executivos camarários em 8.131 municípios e regionais em 12 comunidades autónomas, que resultaram das eleições regionais e municipais de 26 de maio, no mesmo dia das europeias.

Nas legislativas realizadas um mês antes, em 28 de abril, o PSOE foi o mais votado, mas outros quatro partidos tiveram mais de 10% dos votos dos eleitores, acentuando a grande fragmentação política do país.

O PSOE elegeu nessa consulta 123 deputados (28,68% dos votos), o PP (direita) 66 (16,70%), o Cidadãos (direita liberal) 57 (15,86%), a coligação Unidas Podemos (extrema-esquerda) 42 (14,31%), o Vox (extrema-direita) 24 (10,26%), tendo os restantes sido eleitos em listas de âmbito regional, o que inclui partidos nacionalistas e independentistas.

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