As reclamações dos utentes dos transportes aumentaram 23%, para 10.431, no segundo semestre de 2018 face ao primeiro, atribuindo o regulador parte desta subida à “pressão” exercida sobre os operadores pelo aumento dos utentes do serviço público.

“O número de reclamações apresentou um acréscimo face ao primeiro semestre de 2018, de 23%, equivalente a mais 1.965 reclamações, o que pode dever-se a vários fatores, nomeadamente ao aumento generalizado de utentes dos serviços durante o período em análise, em especial no que respeita ao serviço público de transporte de passageiros, com a inerente pressão sobre os operadores sempre que o serviço não corresponde ao expectável”, lê-se no “Relatório sobre Reclamações no Mercado da Mobilidade e dos Transportes” da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) relativo ao segundo semestre do ano passado.

No primeiro semestre de 2018 as reclamações dos utentes dos transportes tinham diminuído 14%, para 8.466, face aos seis meses precedentes.

Do total de 10.431 reclamações apresentadas e tratadas, 9.412 foram inscritas no Livro de Reclamações dos diversos operadores e prestadores de serviços do setor da mobilidade e dos transportes, tendo as restantes 1.019 outras origens.

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Analisando o total de reclamações apresentadas numa ótica de média diária, verifica-se que no segundo semestre de 2018 foram registadas 57 reclamações por dia de calendário, mais dez do que no semestre anterior.

A CP, o Metropolitano de Lisboa, a Transtejo, a Rede Nacional de Expressos (RNE) e a Transportes Sul do Tejo (TST) foram as empresas que apresentaram um maior número de reclamações de julho a dezembro de 2018, com um total de 2.891, 953, 604, 509 e 416 reclamações, respetivamente.

As reclamações destas cinco empresas têm um peso de 52% do total das reclamações registadas na AMT.