Estreou-se nos seniores quando ainda era júnior em novembro de 2006, numa altura em que o Sporting não tinha nem Ricardo nem Tiago e o miúdo de Marrazes foi à Madeira contribuir para uma vitória dos leões frente ao Marítimo, por 1-0, defendendo uma grande penalidade no segundo tempo. Mais tarde, já titular em Alvalade, teve a primeira internacionalização com a camisola de Portugal na Luz frente à Espanha em novembro de 2010, numa goleada por 4-0 em jogo particular. Esta noite, na final da Liga das Nações e depois de ter sido fundamental para a conquista do Europeu de 2016 em França diante do conjunto anfitrião, Rui Patrício tornou-se o guarda-redes mais internacional de sempre, superando o registo de Vítor Baía.

Depois de ter superado há muito o registo de Bento, mítico guarda-redes do Benfica (63 internacionalizações), Rui Patrício apanhou Ricardo, ex-Boavista e Sporting, nos encontros de qualificação para o Europeu com Ucrânia e Sérvia (79), igualou Vítor Baía na meia-final da Liga das Nações com a Suíça (80) e alcançou agora no Dragão um registo histórico de 81 encontros.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Rui Patrício igualou Vítor Baía e vai tornar-se o guarda-redes português mais internacional de sempre

De recordar que o número 1 de Portugal cumpriu na presente temporada a sua estreia num Campeonato estrangeiro, neste caso a Premier League, tendo ajudado o Wolverhampton comandado por Nuno Espírito Santo a uma época de sonho no regresso ao principal escalão inglês onde terminou a Liga no sétimo lugar (com acesso à Liga Europa, pela conquista da Taça de Inglaterra do Manchester City frente ao Watford) e chegou ainda às meias-finais da Taça de Inglaterra.

“‘Ciuminho’? Não… Quem me conhece sabe que isso não faz parte da minha forma de ser e de estar. Fico feliz pelo Rui, faz parte, é o ciclo normal, outro daqui a muitos anos irá ultrapassar o Rui. Faz parte da vida e dou-lhe os parabéns por isso, mas prefiro dar-lhe mais os parabéns pela possível vitória de amanhã [na final da Liga das Nações]”, tinha comentado Vítor Baía à margem do jogo entre Portugal Legends e UEFA Legends, este sábado, que juntou ex-glórias do futebol, citado pelo jornal A Bola.

A história de Rui Patrício. Ser guarda-redes porque outro amuou

“É um motivo de orgulho porque estou a representar o meu País. Estava à espera de chegar a este número mas trabalho para ajudar, para poder chegar à Seleção. Felizmente, consegui. É um número muito bom. Espero continuar a evoluir e a dar o meu contributo à Seleção”, tinha comentado Rui Patrício no lançamento da final com a Holanda.