Quando se fala em carne de bovino nacional, as opiniões são unânimes: a arouquesa DOP (Denominação de Origem Protegida), obtida a partir de animais da raça autóctone homónima, é das melhores que se produzem por cá. Quiçá a melhor, quando o destino final da peça é a brasa. Um estatuto que não é de hoje, longe disso: já na Exposição Mundial de Paris, em 1878, foi o único produto nacional a ser galardoado.

A sua falta de maior divulgação e consumo em todo o país deve-se ao facto de ser uma carne de produção não massificada, que leva o seu tempo a atingir o ponto ideal para abate. Ou seja, como não há carne arouquesa suficiente para alimentar o país, o grosso da sua produção fica nas casas e restaurantes da sua zona de origem, que, como o próprio nome indica, é Arouca, concelho do distrito de Aveiro.

Ora, em Arouca um dos melhores locais para provar este ex-líbris da região dá pelo nome de Assembleia. E esse mesmo Assembleia que vai fazer uma viagem de 300 quilómetros até Lisboa para se instalar, de 28 a 30 de junho, no belíssimo palácio Sinel de Cordes, no Campo de Santa Clara, em Lisboa. Será aí, no respetivo jardim, que se dará mais uma edição das Mesas Bohemia. E que edição promete ser.

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Muita carne na bagagem

Originalmente, e na sua terra-natal, Assembleia é, além de restaurante, um wine bar. Mas em Lisboa vai ser um beer bar. Isto porque a harmonização com os vários pratos escolhidos pelo chef do restaurante, Nuno Costa, se fará, como habitualmente nas Mesas Bohemia, com a família das cervejas que lhe dão nome: as Bohemia.

A coisa vai aquecer desde cedo. Isto porque logo à entrada será servida uma chouriça grelhada da região, acompanhada da Bohemia Puro Malte, cerveja estilo “amber lager”, que casa na perfeição com duas das características do enchido arouquês: a gordura e o fumo.

Abertas as hostilidades, altura para a carne arouquesa brilhar a grande altura. Primeiro, com a Aba de Vitela grelhada no osso com arroz de feijão. Um corte menos conhecido  que outros, mas que vai surpreender — as vitelas arouquesas são tenras como poucas, sendo que o osso ajudará a carne a manter toda a suculência por que é conhecida. À Bohemia Bock, e respetivos aromas tostados, caberá oferecer a harmonização perfeita à experiência.

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Já o prato principal não são um mas dois. Porque às mesas chegarão os dois cortes mais icónicos da carne local: a costeleta e a posta, ambas grelhadas na brasa e acompanhadas com batata a murro e legumes, tal e qual se serve na região. É escolher, provar, comparar, e, se possível, escolher o corte favorito. Tarefa difícil, avisamos já à partida. Neste caso, será a “ruiva” da família, a Bohemia Original, a elevar a experiência gastronómica: as suas notas de malte torrado e o final de caramelo vão realçar os sabores da brasa.

Os estômagos, adivinha-se, estarão plenamente satisfeitos por esta altura. Mas será necessário reservar-lhes espaço para um final adocicado. A sobremesa do menu dá pelo nome de Passadiços do Paiva — uma das grandes atrações turísticas da região — e é, também ela, um dos cartões de visita do Assembleia: tratam-se de uns rolinhos crocantes recheados com o doce das famosas Barrigas de Freira de Arouca. Imperdível.

O evento acontece no Jardim da Sede da Trienal de Arquitectura, no Palácio Sinel de Cordes, Campo de Santa Clara, 144. Há três refeições possíveis:jantar, sexta (28) ou sábado (29) às 20h, e almoço domingo (30) às 13h. Preço por pessoa 30€.”

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