Os lesados do papel comercial do BES receberam esta sexta-feira a segunda prestação, no valor de cerca de 76 milhões de euros, ao abrigo dos respetivos contratos de adesão ao Fundo de Recuperação de Créditos.

“A primeira prestação, de 127 milhões de euros, foi paga em 2018, tendo o Fundo recorrido a um empréstimo do Estado a 10 anos e em condições de mercado”, refere o Ministério das Finanças em comunicado. Para a segunda e terceira prestações foi concedida “uma garantia até um máximo de 152,8 milhões de euros, parcialmente executada este ano”.

“Até junho de 2020 está previsto o pagamento da terceira prestação”, salienta o mesmo comunicado.

Com o pagamento da segunda tranche, o Governo “respeita o compromisso assumido com os lesados do papel comercial do BES e, ao mesmo tempo, reforça a confiança dos cidadãos nas instituições e nos produtos financeiros”, adianta.

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Esta foi a segunda prestação paga aos 1.880 lesados do BES que aderiram ao mecanismo que lhes permite recuperar parte dos investimentos realizados.

A solução foi encontrada entre a associação que representa os lesados do BES, o Governo, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o Banco de Portugal e o Novo Banco.

Os investidores podem recuperar 75% do valor investimento, num máximo de 250 mil euros, se tiverem feito aplicações até 500 mil euros.

No caso dos investimentos acima deste valor, podem recuperar 50% do montante.

Em causa está um montante total de cerca de 280 milhões de euros, a pagar aos lesados do papel comercial do Rio Forte e ESI, no prazo de três anos.

O montante é pago pelo Fundo de Recuperação de Créditos através de uma garantia estatal que assegura estes pagamentos, sendo que a Patris Investimentos é a gestora deste fundo.