5 fatores que ajudam a voltar a estudar
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Conjugar a vida profissional com a académica nem sempre é fácil, o que pode levar muitos interessados a porem de lado um eventual regresso aos estudos. Mas não tem de ser assim. Existem programas pós-laborais, como os Executive Masters do INDEG-ISCTE, com um corpo docente ciente destas dificuldades, que permitem que se esteja atualizado sem que se tenha de optar entre o trabalho e os estudos. Na escolha de um destes tipos de programa, tenha em conta estes fatores. Ana Seruya, ex-aluna desta instituição, indica outros que ajudam a conciliar a vida académica com o trabalho e a família:
- Ter uma família que apoia em todos os momentos;
- Ter ambição e resiliência;
- Trabalhar numa empresa que estimule o desenvolvimento profissional e crescimento do colaborador;
- Conseguir o apoio dos colegas de trabalho;
- Não desistir. A este propósito, a financial analyst acrescenta: “Há que saber de antemão que existirão noites de estudo e trabalhos de grupo aos fins de semana, mas que no final será altamente recompensador e estaremos dotados de novas ferramentas e conhecimentos, prontos para contribuir e evoluir mais na nossa vida profissional”.
Permitir a conciliação do estudo com a vida de cada aluno é, com efeito, um dos principais objetivos do INDEG-ISCTE, ou não fosse esta uma escola que tem como prioridade as “pessoas reais”, como nos revelou José Crespo de Carvalho, presidente da comissão executiva da instituição. “Quer isto dizer que somos focados em pessoas e fazemos as coisas que fazemos por e para pessoas”, justificou o responsável, sublinhando que “o respeito pelos participantes é um dos princípios base” da escola. E essa foi também a experiência vivida por Ana Seruya que há uns dias fez o último exame do seu Executive Master em Controlo de Gestão e Performance, frequentado num contexto muito original — para dizer o mínimo. É que ao mesmo tempo que prolongava os estudos e aumentava as habilitações académicas, Ana Seruya estava também a viver a experiência de ser mãe pela primeira vez. E a verdade é que conseguiu.
Desmistificando todas as ideias que se possam construir em torno deste tema, a financial analyst revela como tal foi possível, destacando o apoio incondicional que recebeu, não só da família, mas também do INDEG-ISCTE. Em entrevista ao Observador Lab, explica que chegou a esta escola na sequência de um desafio que lhe foi lançado pela empresa onde trabalha e não hesitou em aceitar: “Através da Logoplaste, tive a oportunidade de aprofundar os meus conhecimentos na área do Controlo de Gestão e não quis abdicar de nenhum destes projetos. Foi uma decisão tomada em conjunto com o meu marido, sabendo os dois que não iria ser fácil, mas que me iria enriquecer profissionalmente e iria valer a pena”.
Assume que um dos fatores que pesaram na tomada de decisão foi o prestígio da instituição, por considerar que o “INDEG-ISCTE é uma escola de grande reputação, com um corpo docente de excelência e onde existe uma grande diversidade académica”. Para Ana Seruya, “ter a oportunidade de estudar numa escola assim é estimulante e muito recompensador”. E por essa razão decidiu avançar, ainda que, na altura, se encontrasse também a desenhar outros projetos de vida: estava casada há menos de um ano e ter um filho era um plano assumido.
Como se concilia?
Ana Seruya ingressou no Executive Master em setembro de 2018 e, três meses depois, nasceu a Maria da Graça. Como é que se concilia aquele que é um dos momentos mais importantes da vida de alguém com o trabalho e as aulas? O apoio do marido e da restante família foi fundamental, explica, mas não só. “Houve bastante compreensão e apoio por parte de todo o corpo docente para que conseguisse levar o Executive Master até ao fim”, diz, acrescentando que “é realmente importante sentirmos que estamos acompanhados para conseguirmos chegar ao fim do curso. E nisso, o INDEG-ISCTE foi uma força extra de apoio”.
Candidaturas estão abertas
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Estão neste momento a decorrer as candidaturas aos vários Executive Masters do INDEG-ISCTE, bastando para isso aceder à página do curso pretendido e preencher o formulário online. São oito os Executive Masters disponíveis naquela que é a escola, associada a uma universidade, há mais tempo a formar executivos em Portugal:
Ajudou também, claro, o facto de a gestação ter decorrido sem problemas: “A minha gravidez foi saudável, sem restrições e consegui ir às aulas, bem como fazer os trabalhos de grupo e trabalhar até ao dia em que a minha filha nasceu, mais cedo do que o previsto, às 35 semanas”.
Mas a vontade de terminar o curso estava lá e, algum tempo após o nascimento, regressou ao INDEG-ISCTE. Valeu-lhe a licença de maternidade e o suporte incondicional da família para conseguir não só assistir às aulas como até fazer os trabalhos de grupo. Em relação a isto, destaca mesmo a importância dos colegas para conseguir atingir o objetivo a que se propôs: “Sem dúvida alguma que os meus colegas de curso foram também um grande pilar num momento tão desafiante. A amizade, compreensão e carinho que os colegas de trabalho de grupo demonstraram, bem como a ajuda nos estudos quando tive de faltar às aulas, foram um fator-chave para que acabasse o Executive Master”.
Além disso, quando voltou ao trabalho, a empresa continuou a apoiá-la da mesma maneira que fez desde o primeiro dia do curso: “Não é fácil trabalharmos, termos de sair mais cedo para podermos estar a horas nas aulas, faltarmos ao trabalho para estudar. Por isso, a ajuda da empresa e o apoio dos nossos colegas de trabalho é muito importante para se conseguir conciliar tudo”.
“Voltaria a fazer tudo de novo”
É verdade que Ana Seruya chegou a pensar desistir do curso. Como provavelmente pensaria a maior parte das pessoas numa situação idêntica. Mas rapidamente mudou de ideias, e assume que, hoje, “voltaria a fazer tudo de novo, num piscar de olhos”, porque “vale muito a pena o esforço”. “A minha filha estava bem e isso deu-me mais força de vontade para levar o curso até ao fim, sabendo que iria ser uma mais-valia para a nossa família”, refere.
A financial analyst aproveita para desconstruir os argumentos que frequentemente se usam para não voltar aos bancos da escola: “Se pensarmos bem, há sempre razões válidas para não se fazer um Executive Master, seja pelo desafio de ter um trabalho depois do trabalho, seja pela dificuldade de conjugar a vida familiar, os nossos hobbies, tudo. Mas é, sem qualquer sombra de dúvida, gratificante e muito compensador refrescar os nossos conhecimentos, aprender junto de profissionais experientes e estabelecer uma rede de contactos diversa, ouvir opiniões diferentes, perceber outros pontos de vista”. Por tudo isto, não se arrepende da decisão que tomou e reforça que “quando queremos e ambicionamos ser mais e melhores, tudo se consegue”.