Jorge Nuno Pinto da Costa, presidente do FC Porto, foi esta terça-feira castigado com 90 dias de suspensão pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol. A sanção agora aplicada diz respeito a um editorial do líder dos azuis e brancos na Revista Dragões e inclui também uma multa de 11.480 euros.
“Infelizmente, parece que por vezes é mais fácil para o FC Porto ter êxito nas competições europeias, frente a rivais mais difíceis, do que em Portugal, onde muitas vezes os adversários vestem de preto, andam com um apito ou estão sentados em frente a ecrãs de televisão. Triste o país onde abundam as paixões vermelhas e os pinheiros pouco iluminados, sempre disponíveis a subverter para classificação do campeonato , como agora o fizeram, demonstrando que o crime compensa e que não há camião de coação que não continue a dar resultados”, escreveu Pinto da Costa na edição de maio da publicação.
No seguimento do artigo, o Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol e a Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) avançaram com queixas pelo teor das palavras, num processo que chegou esta terça-feira ao fim com um castigo de três meses ao presidente dos portistas aplicado pelo Conselho de Disciplina da Federação.
Uma semana depois, Pinto da Costa voltou a deixar duras críticas à influência dos árbitros e do VAR sobretudo na segunda metade da temporada, numa entrevista ao jornal O Jogo na antecâmara da última jornada do Campeonato.
Pinto da Costa: “Ainda gostava de saber quem foi buscar os padres à sacristia”
“Não se pode dizer que tivemos sete pontos de avanço ou quatro ou dez. Em termos de resultados, chegámos ao momento crucial, depois do FC Porto-Benfica, com dois pontos de atraso. Esta reta final defino-a da seguinte forma: o FC Porto teve um empate anormal em Vila do Conde porque dois penáltis claríssimos não foram marcados. Houve influência direta da arbitragem e do VAR nesse empate. Depois do clássico, o Campeonato decidiu-se em três sítios: Vila da Feira, Braga e Vila do Conde. São três jogos onde ainda gostava de saber quem, a partir daí, foi buscar os padres à sacristia?”, destacou então o líder dos dragões.
“O Conselho de Arbitragem – e bem – chega à época passada e verificou que havia árbitros que não tinham as mínimas condições para apitar. O senhor Bruno Paixão e o senhor Bruno Esteves deixaram de apitar e, para estarem calados e não protestarem, meteram-nos no VAR. Um indivíduo que não tem categoria – e eles é que o decidiram – para arbitrar, não pode ter categoria para ir para o VAR”, realça. “No Feirense-Benfica, quando tocou a reunir, quem foram os intervenientes? O senhor João Pinheiro, que toda a gente conhece do seu envolvimentos nos emails. Foram ressuscitá-lo para esse jogo e tiveram a peregrina ideia de ressuscitar o senhor Bruno Paixão para o VAR, tendo influência direta ao anular o golo limpo do Feirense e ao inventar um penálti que deu a vitória ao Benfica”, acrescentou Pinto da Costa ao jornal O Jogo.