895kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

"Storm Area 51". Um milhão de pessoas quer invadir a base militar mais secreta dos EUA

Este artigo tem mais de 5 anos

Um milhão de pessoas aceitaram o convite para invadir a base mais secreta dos EUA. Querem ver extraterrestres, armas e máquinas de teletransporte. Mas os EUA não estão para brincadeiras.

A Área 51 fica junto a um deserto de sal que pode ser visto no Google Maps
i

A Área 51 fica junto a um deserto de sal que pode ser visto no Google Maps

Google Maps

A Área 51 fica junto a um deserto de sal que pode ser visto no Google Maps

Google Maps

No meio do estado norte-americano do Nevada, ao lado de um deserto de sal, há uma base militar secreta onde os Estados Unidos mantêm em cativeiro os extraterrestres que visitaram a cidade de Roswell em 1947, guardam os cenários onde se simulou a chegada à Lua, escondem Elvis Presley e Tupac e testam máquinas de teletransporte. Isto é aquilo que mais de um milhão de pessoas — umas mais a brincar do que outras — esperam encontrar a 20 de setembro de 2019, quando invadirem a Área 51, após um convite mundial feito através do Facebook. Mas os Estados Unidos não estão para anedotas e já lançaram um comunicado.

Tudo começou quando três páginas de Facebook criaram um evento chamado “Storm Area 51, They Can’t Stop All of Us” — em português, “Invadir a Área 51, Eles Não Nos Podem Parar a Todos” — que convidava os internautas de todo o mundo a “ver os alienígenas deles”. O plano tem três passos. Primeiro: marcar presença no Centro Alienígena da Área 51 para “coordenar a entrada” — cuja localização pode ver no mapa aqui em baixo. Depois, “correr à Naruto” — sim, o desenho animado japonês — para “escapar às balas”. E, a seguir, saber de uma vez por todas o que é que os governantes escondem na Área 51.

O plano agradou a mais de 1,1 milhões pessoas de todo o mundo — se for uma delas, pode encontrar o caminho até à base militar aqui em baixo. Só que, sem espanto para uns e para desilusão de outros, tudo não passa de uma brincadeira. O evento foi criado por “Smylee Kun”, uma página sobre videojogos, por “The Hidden Sound”, dedicada à música, e pela página “Shitposting cause im in shambles”, que publica memes. Os três estão habituados a criar eventos anedóticos como este. Só que a ideia de invadir a Área 51 chegou mais longe.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Tão longe que obrigou Laura McAndrews, porta-voz da Força Aérea, a lançar um comunicado avisando a população de que era mais prudente manter-se longe daquela base norte-americana: “É um campo de treino aberto para a Força Aérea dos EUA e desencorajamos qualquer um a tentar entrar na área onde treinamos as forças armadas americanas. A Força Aérea dos EUA está sempre pronta para proteger a América e os seus ativos”, avisou.

Mas nem ela, nem qualquer outro membro das forças armadas dos Estados Unidos esclarecem o que realmente existe dentro da Área 51. Só o nome já levanta muitas dúvidas: diz-se que foi assim que a Central Intelligence Agency (CIA) se dirigiu àquela base militar num documento sobre a Guerra do Vietname. E também há a teoria de que a base recebeu o código “51” porque ali perto há outra base, a “15”.

Certo mesmo é que foi construída nos anos 50, tem 1.500 quilómetros quadrados e que é guardada 24 horas por dia, sete dias por semana, centímetro por centímetro, por alguns dos militares mais eficazes dos Estados Unidos. Ninguém pode aceder à Área 51 a não ser que seja pelo ar e com autorização expressa das Forças Armadas americanas.

Lockheed U-2. Créditos: Patrick AVENTURIER/Gamma-Rapho via Getty Images

Foi aqui que, durante a Guerra Fria, o país testou aviões militares, incluindo o famoso avião de espionagem Lockheed U-2 — que é muitas vezes confundido com avistamentos de OVNIs. Além disto, pouco se sabe sobre a Área 51. E é assim que os Estados Unidos pretendem manter as coisas há muito tempo. Tanto que, em 1974, William Colby, diretor da CIA à época, escreveu um memorando em que repreendia os astronautas a bordo do Skylab — a primeira estação espacial norte-americana — por ter fotografado uma localização que oficialmente não existia.

“Havia instruções específicas para não fazer isto. […] era a única localização da Terra para que havia essa indicação”, pode ler-se no memorando publicado no relatório “Astronauts and Area 51: the Skylab Incident” de Dwayne A. Day. Que localização é essa? Ninguém sabe ao certo, mas, dado o secretismo em redor da Área 51 — cujo nome oficial é Groom Lake ou Homey Airport –, há quem aposte que essa é mesmo a base militar a que a CIA se refere naquele memorando.

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça até artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.