A ANAREC, associação que representa os revendedores de combustíveis, defende que é “premente que seja garantida a segurança no acesso aos postos de abastecimento e às plataformas logísticas dos motoristas” que vão prestar os serviços mínimos a fixar pelo Governo e dos profissionais que não quiserem aderir à greve dos condutores de materiais perigosos.
Esta posição foi tomada em comunicado depois da reunião entre o Sindicato dos Motoristas de Materiais Perigosos e a ANTRAM (Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários de Mercadorias) ter falhado um acordo quanto aos serviços mínimos a assegurar na greve que está convocada para o dia 12 de agosto.
A ANAREC, que esteve representada nesta reunião que se realizou nas instalações da DGERT (Direção-Geral do Emprego e Relações de Trabalho, no Ministério do Trabalho e Segurança Social, manifestou preocupada “com o impacto e os efeitos que esta greve possa ter, quer na população em geral, quer ao nível dos nossos Associados que exploram os postos de abastecimento de combustíveis que abastecem todo o País, bem como dos que têm a atividade da revenda de gás.”
A associação que representa cerca de 2000 revendedores defendeu ainda a necessidade de garantir a e articulação entre a REPA (Rede de Emergência de Postos de Abastecimento) e as forças de segurança, bem como a sua divulgação junto da entidades prioritárias de forma a agilizar os abastecimentos a fazer por estas entidades. A REPA conta com cerca de 500 postos de abastecimento prioritário, dos quais cerca de 358 destinam-se ao públicos em geral e os restantes a forças de segurança, outros serviços prioritários do Estado, transporte aéreo e pescas.
A ANAREC considera ainda que a proposta dos sindicatos para serviços mínimos de 25% é “claramente insuficiente”, o que ficou demonstrado na paralisação de abril quando os serviços mínimos “se revelaram incapazes de fazer face às necessidades básicas da população e do tecido empresarial português”.