“Instagram from Facebook” e “WhatsApp from Facebook”. Serão estes os novos nomes do Instagram e do WhatsApp agora que o Facebook, que comprou as empresas há sete e cinco anos, respetivamente, decidiu rebatizar as aplicações do universo Facebook Inc. Nada mudará no ícone que aparece nos dispositivos móveis, noticiou o The Verge. Mas são esses os nomes que vai encontrar quem entrar numa loja de aplicações virtual e quiser fazer download do Instagram ou do WhatsApp.
Ao The Information, o primeiro site a noticiar os novos apelidos dessas duas aplicações, uma porta-voz do Facebook explicou que a mudança dos nomes serve para garantir mais transparência à companhia: “Queremos ser mais claros sobre os produtos e serviços que fazem parte do Facebook”, esclareceu Bertie Thomson. Antes de renomear o Instagram e o WhatsApp, o Facebook também já tinha rebatizado o Workplace, uma aplicação de conversas online para empresas.
Os funcionários das aplicações já foram notificados sobre as mudanças previstas para o Instagram e para o WhatsApp. A notícia foi recebida com surpresa, indicou o The Information, por ter chegado numa altura em que os reguladores estão a investigar a compra das aplicações pelo Facebook. Além disso, os funcionários admitem que a independência ao Facebook permitiu-lhes escaparem aos escândalos de violação de privacidade protagonizados pela companhia de Mark Zuckerberg.
A criação do apelido “from Facebook” não é a única estratégia de Mark Zuckerberg para aproximar as aplicações do universo Facebook Inc., explica o The Information. Segundo o site, os responsáveis pelo Direct — a ferramenta do Instagram que permite conversas privadas entre utilizadores — vão passar a trabalhar diretamente com os funcionários do Messenger, o chat do Facebook.
O Instagram foi comprado pelo Facebook em 2012 por mil milhões de dólares, o equivalente a 893 milhões de euros. Dois anos mais tarde, em 2014, também o WhatsApp foi adquirido por 22 mil milhões de dólares, cerca de 20 mil milhões de euros. Ainda na semana passada, a Federal Trade Commission, uma agência governamental norte-americana, anunciou que iria investigar estas compras, noticiou o The Wall Street Journal. Os reguladores suspeitam que o Facebook tenha comprado as duas empresas só depois de se terem tornado rivais da rede social, o que pode ser considerado concorrência desleal.