Donald Trump recuou na sua última ameaça em relação à China. Este domingo, à margem da cimeira do G7, em Biarritz, o Presidente norte-americano garantiu aos jornalistas que não tem qualquer plano, “neste momento”, para recorrer ao mecanismo que lhe permitia obrigar as empresas norte-americanas a sair da China.

O recuo acontece apenas dois dias depois de Trump ter ordenado à empresas que procurassem “imediatamente” uma alternativa ao mercado chinês. No Twitter, o Presidente norte-americano especificou que as empresas deveriam voltar para os Estados Unidos e passar a fabricar todos os seus produtos no país. Depois, ameaçou com novas tarifas aos produtos chineses.

Agora, questionado sobre se tinha tido dúvidas sobre essa postura agressiva e se tinha pensado melhor, respondeu que isso é natural, até porque tem dúvidas sobre tudo. “Porque não?”, questionou, explicando que agora as conversações com Pequim estão a melhorar.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Estamos a dar-nos muito bem com a China, neste momento. Estamos a falar. Penso que eles querem chegar a um acordo muito mais que eu.”

O Presidente não excluiu, ainda assim, a possibilidade de voltar atrás e renovar a ordem às empresas norte-americanas. Trump diz que, para isso, só precisa de declarar uma emergência nacional: “Bom, tenho o direito de fazer isso. Se eu quiser, posso declarar uma emergência nacional”.

Trump “ordena” empresas norte-americanas a saírem da China

Na sexta-feira, os tweets de Trump tiveram efeitos imediatos na bolsa. O Dow Jones desceu 2,3%, o S&P 2,6% e o Nasdaq 3%, uma das maiores registadas este mês. O impacto sentiu-se também nas tecnológicas. A Apple, por exemplo, que precisa do mercado chinês, teve uma queda de 4,6% nas ações.