O presidente do PSD, Rui Rio, diz que não faz “fé nenhuma” nas sondagens que fazem prever um mau resultado para o PSD, “sobretudo esta última que saiu agora”, da Pitagórica, que aponta para um resultado pouco superior a 20% para o PSD. Rio diz que há sondagens “feitas para produzir determinados resultados” — essas “são como as bruxas, eu não acredito nelas mas que as há, há”.

Em declarações aos jornalistas no Pontal, onde o PSD faz este fim de semana a sua habitual rentrée política, o líder do PSD diz que “há sondagens que são tecnicamente bem feitas mas se enganam, porque estas coisas não são tão matematicamente medíveis como isso” e, “depois, há aquelas que são feitas para produzir determinados resultados”. Essas são sondagens que “podem desmotivar algumas pessoas” não o desmotivam a ele: “pelo contrário”.

Se há coisa que não faço fé é em sondagens, sobretudo esta última que saiu agora — agora não vou explicar porquê, tinha de voltar atrás. Faço fé naquilo que é o trabalho e as propostas — depois o povo irá dizer”.

PS aproxima-se da maioria absoluta, segundo sondagem da Pitagórica

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Rui Rio diz que “é possível [o PSD ganhar]”. “É difícil mas não é tão difícil quanto escrevem, particularmente tão difícil quanto escrevem as sondagens. Podem sair umas sondagens atrás das outras para ver se desmotivam as pessoas — podem desmoralizar algumas mas não me desmoralizam a mim, de certeza”, afiança Rui Rio.

Eu tenho um plano A, que é ganhar. Não há plano B, nem C, nem D. Depois, no dia 6 de outubro, farei as análises que forem necessárias.”

O líder do PSD comentou, também, a notícia que faz manchete no jornal Expresso este sábado. Segundo o semanário, foi assinado pelos candidatos a deputados do PSD um “compromisso de honra” — mas “há três declarações” diferentes: uma geral, para todos os candidatos, que não têm nenhum processo a decorrer, que se saiba; a dos arguidos; e a dos acusados. A introdução é adaptada”, disse José Silvano, secretário-geral do partido.

Rui Rio confirmou que “todos os candidatos a deputados assinaram um compromisso que no caso de sermos condenados em primeira instância, automaticamente suspendemos o lugar de deputados. havendo recurso e transitado em julgado, se formos condenados, demitimo-nos”. “Querem que as pessoas sejam culpadas porque há uma notícia nos jornais. Na câmara do Porto fui arguido 5 ou 6 vezes, já sei o que a casa gasta”.

O líder do PSD diz que “temos de lutar pela presunção de inocência. Se pelo facto de acusar alguém isso é automaticamente condenar a pessoa, não precisamos de tribunais, está a sentença feita pelas primeiras páginas dos jornais nas tabacarias. É intolerável em democracia”.

Rui Rio promete campanha sem grandes comícios na abertura da Festa do Pontal

O presidente do PSD, Rui Rio, afirmou que a campanha do PSD para as eleições legislativas de outubro vai ser inovadora, com mais conteúdo, menos gritaria e sem insulto ao adversário.

“Vai haver muitos menos comícios com jantares onde se come a sopa, se agita a bandeira e se bate palmas e não se ouve quem fala”, disse o líder social-democrata aos jornalistas em Monchique, após a primeira ação da Festa do Pontal, com a plantação simbólica de 10 medronheiros.

Considerando que as campanhas a que os partidos se habituaram nos últimos 40 anos “descredibilizam a política”, Rui Rio sublinhou que é preciso trazer um novo discurso “com mais “moderação, equilíbrio e racionalidade”.

Já enveredando o equipamento – com o número sete na costas, como Cristiano Ronaldo – para o jogo de futebol que se seguia na festa social democrata, – Rui Rio afirmou, no entanto, que “o PS montou um circo e dramatizou muito a governação”, principalmente em momentos que está mais atrapalhado como “puxar o caso dos professores quando surgiu a questão das nomeações de familiares” ou mais recentemente, com a greve dos motoristas, onde “dramatizou, para depois parecer que resolveu uma questão muito complicada”.

Rui Rio deu esta manhã início à Festa do Pontal em Monchique, com uma ação de plantação de medronheiros, seguida de um jogo de futebol, com dirigentes nacionais, autarcas e militantes sociais democratas.

As intervenções políticas estão marcadas para as 18h00 no Largo do Mirante em Monchique, onde serão apresentados os cabeças de listas do PSD, estando previstos discursos de Luís Grande, da concelhia de Monchique, do presidente da Câmara Municipal de Monchique, Rui André, de Bárbara Correia (JSD), do deputado algarvio Cristóvão Norte e de Rui Rio.

A Festa do Pontal teve início a 29 de agosto de 1976, numa mata junto ao aeroporto de Faro, que deu nome à festa, como forma de afirmação do PSD no Algarve, com a presença do fundador do partido Francisco Sá Carneiro.

Com Cavaco Silva passou para a baixa da capital algarvia e com Pedro Passos Coelho a festa social-democrata retomou a tradição de contar com a presença do presidente do partido, depois de a sua antecessora Manuela Ferreira Leite não ter estado nas duas edições que se realizaram no seu mandato.

Ao longo dos anos já se realizou em diversos locais no Algarve, e contou com líderes como Francisco Pinto Balsemão, Cavaco Silva, Fernando Nogueira, Marcelo Rebelo de Sousa, Luís Filipe Menezes e Marques Mendes.