O partido Iniciativa Liberal (IL) dedica esta quarta-feira o dia à carga fiscal, tendo escolhido uma repartição de Finanças, em Lisboa, para explicar os benefícios de uma taxa única de IRS (imposto sobre rendimento de pessoas singulares) de 15%.
Com bandeiras e t-shirts azuis – a cor do partido, mas também das repartições de Finanças em Portugal – os elementos do IL distribuíram folhetos que resumem as principais ideias para Portugal, nomeadamente ao nível do crescimento, impostos, saúde, educação, transportes e corrupção.
No dia dedicado à carga fiscal, o cabeça de lista do partido pelo distrito de Lisboa às próximas legislativas, João Cotrim Figueiredo, alertou para “a carga fiscal recorde que os portugueses estão a pagar”. “A mim importa-me pouco a ginástica que o primeiro-ministro faça para justificar este aumento da carga fiscal com o crescimento económico”, disse.
Para o IL, trata-se de “uma carga fiscal recorde que não só limita a escolha das pessoas relativamente ao seu rendimento disponível, mas também o investimento das empresas e a atração do investimento estrangeiro, fomentando ainda a emigração de quadros qualificados que, para terem um salário líquido maior, veem-se obrigados a emigrar”. “O próprio Governo já reconheceu isso ao incentivar com reduções de IRS os que optem por regressar a Portugal”, acrescentou.
A proposta do partido é “uma taxa única de 15% para todos, com uma isenção dos primeiros 650 euros e isenções adicionais de 400 euros por agregado familiar, por cada filho”.
“Isto significa que haverá uma redução de tributação em sede de IRS para todos e num montante que é perfeitamente comportável com uma implementação gradual desta medida e com o crescimento económico que inevitavelmente uma redução da carga fiscal traz”, explicou.
Sobre a reação à proposta do Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo disse que a mesma tem sido surpreendente, no bom sentido.
“As pessoas sentem que algo está errado quando continuamos sem crescer, com níveis de desenvolvimento muito abaixo da média europeia. Temos visto a produtividade a baixar relativamente aos nossos concorrentes, o que é assustador, porque é isso que vai determinar os salários do futuro e chegamos a uma situação em que o salário médio é de 950 euros, o que não é aceitável”, adiantou.