Os franceses foram os que mais investiram no imobiliário português, entre janeiro e junho, com uma representatividade de 21%, segundo a Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP).
“Os franceses continuam no top dos que mais investem em imobiliário português. Não há dúvida de que esta rota veio para ficar, e acentua-se a diversificação deste investimento, que não se centra apenas nas principais cidades. Com o aumento de preços nos grandes centros urbanos, há uma procura cada vez mais acentuada em zonas de menor densidade populacional”, refere, num comunicado hoje enviado, o presidente da APEMIP, Luís Lima.
De acordo com as estimativas apuradas pelo Gabinete de Estudos da APEMIP, depois dos franceses, os estrangeiros que mais investiram em imobiliário em Portugal são do Reino Unido e do Brasil, ambos com a mesma representatividade (18%), da Alemanha (9%) e da China (7%).
Em relação ao investimento britânico, o representante das imobiliárias defende que os efeitos do ‘brexit’ (saída do Reino Unido da União Europeia) não se deverão fazer sentir no setor. “À data, aquando do referendo do ‘brexit’, sentiu-se uma retração deste investimento, com receio do que o futuro poderia reservar. No entanto, neste momento, tal não se verifica, uma vez que a representatividade britânica tem vindo a crescer no investimento imobiliário”, acrescenta Luís Lima.
A procura de imobiliário pelos britânicos continua a centrar-se maioritariamente no Algarve, no entanto, começa já a notar-se “alguma curiosidade” em relação a outras zonas. Para Luís Lima, o programa de Autorização de Residência para Atividades de Investimento (Vistos Gold) pode “tornar-se uma via bastante interessante para este mercado, caso se verifiquem restrições à livre circulação” com o ‘brexit’.
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Quanto às tipologias, os imóveis mais procurados são os T3 (46%), seguindo-se os T2 (37%) e os T1 (16%). Segundo a APEMIP, o investimento estrangeiro representou cerca de 16% do total das transações imobiliárias em Portugal, nos primeiros seis meses de 2019.